Novas Profissões, velha escola e sempre a matemática

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A opinião de Miguel Caeiro
Novas Profissões, velha escola e sempre a matemática
25 de Julho de 2018
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Miguel Caeiro
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Data Scientist, Webmaster, especialista em automação predial, técnico de informática de veículos, Designer de tecidos inteligentes, Cloud manager, AI analyst e tantas outras profissões que ainda nem têm nome.

Chegando a Julho, o tema dos exames nacionais, notas, médias e acesso às Universidades, dominam as conversas, as notícias e as polémicas.

Mais uma vez, a Matemática volta a ser a má da fita, com nova descida nos resultados, alcançando uma média nacional vergonhosa de 10.9, marginalmente positiva.

Continuamos com currículos escolares pouco adaptados à nova realidade, obrigando jovens a fazer escolhas sobre o seu futuro profissional como se estivéssemos em 1970, com opções em volta de medicina, economia, direito, engenharia, arquitetura e afins.

Em paralelo, no mundo real, as únicas áreas com empregabilidade relevante, de valor acrescentado, de procura crescente, são em torno de profissões com nomes e funções desconhecidas da grande maioria dos bancos escolares: falamos de Webmasters, falamos de cientistas de dados, especialistas de Inteligência Artificial, cloud managers, BI experts, ASO experts, data-mining analysts, 3D print experts, blockchain managers, gestor de sustentabilidade, técnicos de automação de exploração agrícola, etc...

Para quando o toque de alarme desta discrepância gigante que forma milhares de pessoas para áreas com pouquíssima utilidade no futuro que agora já se desenha. Para quando dar aos jovens verdadeiras opções e ajuda nessa orientação? Optar por uma área aos 15 anos limita de forma absurda o que se pode querer escolher aos 18. Qual a vantagem dessa eliminação temática tão cedo, a não ser a óbvia fuga à matemática?

Conversando com dezenas de jovens constatei que a grande maioria não faz a menor ideia do que pretende ser, em que área quer vir a trabalhar e muito menos sente qualquer identificação com as opções curriculares que lhes são apresentadas.

Já referenciando empresas, marcas, áreas de atuação e afinidades, quase todos conseguem verbalizar o que efetivamente gostariam de fazer nos próximos anos, mas não têm uma ideia clara de que tipo de formação e percurso deveriam fazer para alcançar esses objetivos.

Ao explicar que por detrás da maior parte desses sonhos estão pedras basilares que necessitam recorrer com frequência a conhecimentos fortes de matemática, estatística, português ou qualquer outra das áreas “fantasma”, essas matérias ganham uma nova e renovada atração, pois passam a estar associadas a usos quotidianos, a realidades presentes e futuras.

Não podemos culpar os alunos, muito menos os professores, nem aceitar como normal as médias miseráveis alcançadas repetidamente ano após ano pela massiva maioria dos alunos. Algo de muito errado se passa para que passados doze meses com apenas 3 disciplinas, num esforço horário mínimo e extremamente focado em 3 temas, um aluno “normal” não consiga resultados excelentes.

Temos antes que efetuar um exercício de benchmarking internacional, ter a humildade de aprender, adaptar, copiar e partilhar conhecimento com quem está a fazer melhor do que nós, pois todos estes jovens vão competir num mercado global que não se compadece com este nível de fraquezas do modelo base de educação. Os modelos da Coreia do Sul, Japão, Singapura, Hong Kong, Finlândia, UK, Canadá e Holanda estão listados como os melhores do mundo. Porquê? O que fazem de diferente? O que experimentaram? Com que resultados?

Sem educação orientada para o futuro é mais difícil motivar os jovens a construírem um futuro com garra, determinação e algumas chances de competitividade no mercado global.

“Chose a job you love and you will never have to work a day in your life.”
Confucius


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