Nós, as mulheres. Ou eu, a mulher?

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A opinião de Cristina Amaro
Nós, as mulheres. Ou eu, a mulher?
7 de Março de 2018
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Nós, as mulheres. Ou eu, a mulher?
Cristina Amaro
Autora e Pivot Imagens de Marca

Cristina Amaro descreve-se, na vida profissional, como uma empresária criativa e empreendedora. Na atitude, como uma pessoa resiliente e otimista. E na vida pessoal, como uma mulher de amor e de sonhos.

Não gosto de escrever sobre o Dia Internacional da Mulher. Assumo. Desconforta-me. Inquieta-me. Irrita-me, até! E assumo! Assumo, porque tive de me interrogar a mim mesma sobre este sentimento.

Não que eu desrespeite os direitos que as mulheres devem ter, devem conquistar e devem reclamar. Eles – os direitos - não deveriam era sequer de ter de ser reclamados!

Talvez seja uma privilegiada. Talvez. Mas também sou, garantidamente, impulsionadora da igualdade ao liderar uma equipa promovendo os mesmos direitos e deveres entre homens e mulheres. Por isso, para mim, falar de um dia da mulher é algo que não faz sentido.

Posso estar a ser politicamente incorreta... (lamento se os meus pensamentos incomodarem as defensoras deste ideal) mas terei eu de pensar como as mulheres ou deverei pensar como eu, mulher?


Claro que defendo o meu ser individual e os meus próprios ideais, pensamentos e sentimentos. E como não faz parte do meu propósito de vida a luta pela igualdade de géneros, defendo o que penso: Já não devia ser necessário existir o Dia Internacional da Mulher.

Foi, por coincidência, uma semana de entrevistas no feminino que terminaram ontem. E, para mim, é-me tão igual, que a semana fecha com um homem.


Esta citação: “O dia em que não tivermos de comemorar o 8 de Março, será o dia de todas as igualdades”, foi retirada do instagram de uma das minhas convidadas do I´M out of Office, Sandra Isabel Correia, quando estava a preparar a última de 3 conversas com “elas”. Comecei com Katty Xiomara, uma referência na moda nacional; passei pela vida de Eduarda Abbondanza, a mãe da Moda Lisboa e terminei com a Sandra, a empresária que trocou os negócios pelas pessoas. Falámos de muitas coisas e também da discriminação feminina. Recomendo, por isso, que vejam as entrevistas na íntegra, na secção I´M out of Office, aqui no site do IM.

Não distingo convidados pelo género mas sim pelas suas histórias. Assim como, enquanto empresária, nunca contratei ninguém por ser do sexo feminino ou masculino.

Tenho a sorte de nunca, em momento algum da minha carreira, me ter sentido beneficiada ou prejudicada pelo facto de ser mulher. Poucas coisas me fariam sentir mais frustrada profissionalmente... Tenho uma equipa equilibrada, entre o número de homens e mulheres, mas já tive uma equipa somente feminina assim como já as tive manifestamente masculinas.

Não trato ninguém de forma diferente. Todos são iguais. Os homens gozam dos direitos de paternidade e as mulheres de maternidade. Assim como, todos, gozam dos mesmos direitos e deveres, em tudo! Premeio a meritocracia e a responsabilidade. Ponto.

Mas o ponto é para mim. Nem para todos é um ponto... o Imagens de Marca vai esta semana emitir uma reportagem que mostra que as mulheres ainda são olhadas como objetos sexuais na publicidade. E há estudos que deixam claro que elas têm muito caminho a percorrer para chegar ao patamar manifestamente ocupado pelo sexo masculino.

Não será necessário dizer que nós, as mulheres, gostaríamos de ter menos motivos para assinalar a data e, naturalmente, que um dia ninguém tivesse de escrever uma linha sobre este dia! Mas infelizmente continuam a haver motivos para que hoje, Dia Internacional da Mulher, ainda se publiquem muitos artigos que falem dos direitos das mulheres.

Eu, a mulher...sou simples e orgulhosamente mulher.

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