Na “Ressaca” da Web Summit

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A opinião de António Jorge
Na “Ressaca” da Web Summit
14 de Novembro de 2018
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Na “Ressaca” da Web Summit
António Jorge
Consultor, Executivo e Docente Universitário

A Web Summit começou por ser um evento praticamente consensual em Portugal, isto é, todos viam efeitos positivos, para, neste ultimo ano, e após o anúncio do acordo para mais 10 anos em Lisboa com contrapartidas financeiras significativas, gerar polémica e deixar de obter esse consenso.

Finda esta primeira realização após o estabelecimento do acordo de longo prazo, penso que é o momento de balanços e opiniões que possam melhorar e engrandecer a cimeira, Lisboa e Portugal.

Comecemos por definir o que hoje é a Web Summit. No seu site verifica-se que a comunicação se enfoca primeiramente nos keynote speakers, seguindo-se depois uns ícones que referenciam os benefícios mais importantes que se podem extrair do evento: networking, aprendizagem e exposição aos media.

Analisar os benefícios do evento, implica compreender primeiro quem são os beneficiários dos mesmos. Listaria: donos de startups, investidores, grandes empresas, estudantes, professores e ecossistema de empreendedorismo e inovação; destacando o Lisboa e de Portugal.

Se os benefícios de networking me parecem inquestionáveis para qualquer dos públicos já a aprendizagem, principalmente por via das palestras, me parece um ponto a melhorar.

Quantidade nem sempre, ou quase nunca, quer dizer qualidade e é o que me parece acontecer. Existem muitos oradores, muitos temas, mas muito pouco tempo para falar de cada um deles. Em média, cada orador ou grupos de 2/3 oradores e um mediador, dispõe de cerca de 20 minutos para apresentar e discutir as suas ideias.

Senti que, em muito casos, esta componente da aprendizagem por via de ouvir especialistas (porque também se aprende no networking) não acontece porque os temas são se aprofundam o suficiente para trazer algo de novo.

Penso que é um dos pontos a melhorar. Habitualmente nos congressos e conferencias com vários oradores o tempo habitual para cada um é de 40 minutos. Sou mais adepto deste menos e melhor.

Também me parece que dada a extensão da exposição, o tempo de percurso entre palcos é demorado o que implica perder muito tempo nestes. Talvez uma concentração das áreas de oradores fosse mais produtiva assim como uma gestão da agenda que compatibilizasse a possibilidade de ouvir oradores interessantes em diferentes palcos. Por exemplo, a App poderia, para além permitir selecionar os oradores do meu interessente, mostrar as incompatibilidades de horários e apoiar-me na decisão de escolha.

Quanto à exposição aos media, ela é indiscutível e muito benéfica para todos, mas em particular para Portugal e para o ecossistema de inovação e empreendedorismo de Lisboa.

Acrescentaria ainda que para a cultura e valores portugueses, outrora muito empreendedores (fizemos os descobrimentos), mas devido à ditadura e a um estado paternalista, hoje a necessitar de muita dinamização; este evento ajuda a criar a consciência nacional de que somos tão capazes quanto os outros e aumenta a vontade de participar.

Sou daqueles que considera a presença da Web Summit em Lisboa uma decisão muito acertada, apesar dos custos. Penso, no entanto, que existem aspetos a melhorar, como aqueles que referi assim como; face a este compromisso de longo prazo, a necessidade de existir um plano que vá melhorando e diferenciando o evento por forma a torna-lo sempre atrativo e diferenciador.

Certamente alguém na organização está a pensar nisto, fica, no entanto, a partilha das minhas reflexões.

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