Mulheres sentem grandes desafios de progressão de carreira

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Por causa da Covid-19
Mulheres sentem grandes desafios de progressão de carreira
15 de Fevereiro de 2021
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Mulheres sentem grandes desafios de progressão de carreira
Ana Gaboleiro
Jornalista
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Quase metade das mulheres (47%) que trabalham na área da tecnologia acreditam que os efeitos da Covid-19 atrasaram a sua evolução na carreira, apesar de uma percentagem semelhante acreditar que a igualdade de género é mais provável de ser alcançada através de estruturas de trabalho à distância.


Embora o confinamento pudesse ser visto como um possível acelerador para a igualdade de oportunidades entre homens e mulheres em cargos de Tecnologias de Informação, os preconceitos sociais persistentes têm impedido este potencial avanço.

 

“A pandemia tem acelerado uma tendência de coexistência de colaboradores em teletrabalho e em sistema híbrido dentro da mesma organização. Isto pode ser um desafio para as mulheres que trabalham remotamente, uma vez que podem ter menos acesso à gestão de topo, que trabalha a partir do escritório. Aliás, isto pode também diminuir as suas hipóteses de serem consideradas para o tipo de tarefas que conduzem a promoções. Os empregadores precisam de estar conscientes dessas desvantagens e fazer um planeamento em função de as minimizar", explica a Dra. Patricia Gestoso, head of scientific customer support na BIOVIA, vencedora do concurso "Women in Software Changemakers 2020", e membro proeminente da rede de mulheres profissionais Ada´s List.


O confinamento fazia prever uma mudança positiva na luta pela igualdade de género já que numa perspetiva de planeamento social e familiar, os estereótipos tradicionais em torno da disponibilidade e longevidade, no que diz respeito às carreiras das mulheres, seriam eliminados. O impacto da Covid-19 levou a que as empresas fossem forçadas a entrar nesta nova norma de um dia para o outro, e em certa medida, esta previsão deu passos positivos no que respeita à mentalidade global da indústria.


"O efeito da pandemia é muito diferente de mulher para mulher. Algumas apreciam a maior flexibilidade e a inexistência de deslocações trabalho-casa, enquanto outras estão à beira de um esgotamento. É primordial que as empresas assegurem que os seus gestores estão alinhados com a estratégia de apoio aos colaboradores que têm responsabilidades de prestação de cuidados”, acrescenta a Dra. Patricia Gestoso, head of scientific customer support na BIOVIA, vencedora do concurso "Women in Software Changemakers 2020", e membro proeminente da rede de mulheres profissionais Ada´s List.


Quase um terço das mulheres que trabalham na indústria tecnológica preferem, de facto, trabalhar em casa do que no escritório. Um número semelhante revela que trabalham mais eficientemente a partir de casa e até 33% afirmam que têm mais autonomia quando não trabalham num escritório, segundo o relatório da Kaspersky "Women in Tech, Where are we now? Understanding the evolution of women in technology". 


No entanto, o mesmo relatório demonstra que o potencial do teletrabalho para as mulheres na indústria tecnológica não está a corresponder a uma progressão social nesta dinâmica de "trabalhar a partir de casa". Quase metade das mulheres que trabalham em tecnologia têm lutado para equilibrar o trabalho e a vida familiar desde março de 2020 – uma percentagem em destaque na América do Norte, mas que é uma tendência mundial consistente.


Merici Vinton, Co-Fundadora e CEO da Ada's List, refere que "as empresas precisam de ressalvar, tanto através da cultura como da política empresarial, que darão aos pais, trabalhadores de ambos os sexos, a flexibilidade de que necessitam durante a pandemia (e para além dela). Elas precisam também de compreender que a representação é importante. E ter mulheres na liderança, equipas de mulheres maioritárias e mulheres em entrevistas, demonstra que há espaço para elas na sua empresa".


Quando as mulheres inquiridas foram questionadas sobre as funções do dia-a-dia que prejudicam a sua produtividade ou progresso no trabalho, 60% afirmaram que tinham feito a maior parte da limpeza em casa, em comparação com 47% dos homens; 63% tinham sido responsáveis pelas tarefas escolares em casa, em comparação com 52% dos homens; e 54% das mulheres tiveram de adaptar o seu horário de trabalho mais do que o seu parceiro masculino para cuidar da família. Como resultado, 47% das mulheres acreditam que os efeitos da Covid-19 atrasaram, em vez de melhorarem, a sua progressão global na carreira.


Embora estes exemplos de disparidade social não sejam específicos do campo da tecnologia, indiciam uma barreira que impede as mulheres de capitalizarem a mudança do ano passado para o trabalho à distância. Cerca de 41% das mulheres na área da tecnologia (em comparação com 34% dos homens) acreditam que estabelecer um ambiente de trabalho igual seria melhor para conseguirem evoluir na carreira e 46% consideram que o trabalho à distância é uma excelente forma de alcançar essa igualdade.


“Se o domínio tecnológico assumir a liderança e assegurar um ambiente mais flexível e equilibrado para as mulheres, então isto tornar-se-á a norma mais rapidamente - o que é, também, mais suscetível de desencadear uma mudança na dinâmica social. Como sempre, não mudará da noite para o dia, mas há sinais de que as mulheres estão a sentir-se mais capacitadas para exigir, com direito, esta forma de trabalho. Nós, como indústria, devemos aproveitar este impulso, extrair os pontos positivos da transição do ano passado para o trabalho flexível e ser um catalisador para uma mudança social mais ampla", conclui Evgeniya Naumova, vice-presidente da rede global de vendas da Kaspersky.

 

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