André Jordan, fundador, criador e promotor de empreendimentos como Quinta do Lago e Belas Clube de Campo, morreu aos 90 anos, segundo noticia hoje a imprensa nacional.

O empresário nasceu na Polónia em 1933 e cresceu no Brasil, país para onde a família fugiu das perseguições nazis na Europa.  Passou depois por Nova Iorque, onde, em 1968, após a morte do seu pai, se tornou diretor de desenvolvimento internacional da Levitt & Sons, que à data era o mais importante promotor imobiliário residencial nos Estados Unidos.

No início da década de 70 rumaria a Portugal com a missão de criar a Quinta do Lago, o primeiro empreendimento de turismo residencial de luxo do país ligado ao golfe. “Ainda hoje quando vou à Quinta do Lago olho para aquilo e penso: Como é que eu fiz isto tudo sem dinheiro?”, partilhou o empresário em 2017, em entrevista ao Diário de Notícias.

Mais tarde venderia o projeto, viajando para Londres para assumir o cargo de administrador executivo numa imobiliário multinacional. Já na década de 90 criaria mais um projeto emblemático em Portugal: o Belas Clube de Campo.

Em 1995 adquiriu a empresa Lusotur, proprietária de Vilamoura XXI, um dos maiores complexos residenciais e de lazer na Europa, acabando por vender a companhia a investidores espanhóis em 2006.

De acordo com o ECO, era Doutor Honoris Causa pelo ISCTE, Instituto Universitário de Lisboa, e pela Universidade do Algarve e estava envolvido em várias organizações. Foi vice-presidente da WTTC, sendo membro honorário nos últimos anos. Era fellow da Duke of Edinburgh International Award Association, tendo sido presidente da secção portuguesa, e durante 17 anos foi Cônsul Honorário do Brasil no Algarve.

Era conhecido como o “pai do turismo português”.