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Desde o fim do ano
passado, que o tema Metaverso começou a ganhar algum protagonismo nos textos da
tecnologia e também nos “not to forget” dos marketers.
O facto deveu-se ao
anúncio feito por Mark Zuckerberg, da alteração da sua empresa Facebook para o
nome de Meta. Na sequência de desenvolvimentos que a empresa vinha fazendo,
exprimia o desejo do desempenho de um papel relevante neste desenvolvimento da
Internet.
Mas, o tema do metaverso
não é novo. Foi lançado em 1992, pelo escritor de ficção científica Neal
Stephenson, no livro Snow Crash. Em 2003, é lançado o Second Life,
ambiente virtual onde proliferavam avatars e em que muitas empresas
marcaram a sua presença. O seu sucesso não foi grande, face ao estado da
tecnologia ao momento.
Entretanto, a evolução
tecnológica veio a criar as condições para o lançamento de plataformas mais
sofisticadas, que permitem a existência de um mundo digital onde confluem
diversas soluções e equipamentos de Realidade Virtual, Realidade Aumentada,
Criptomoedas, Blockchain e Internet.
Uma “nova Internet”, pois
permite um maior envolvimento dos diversos actores, em termos de realidade
aumentada, com maior interactividade, com a potencialidade de vir a substituir
ou, pelo menos, alargar o âmbito das actuais redes sociais.
Neste campo, Zuckerberg
não está sozinho, já outras empresas vinham investigando na área como, por
exemplo, a Microsoft, a Apple, na área do gaming, a Epic Games, criadora do
Fortnite, a Roblox, de entre várias outras.
Uma questão que se
levanta é a eventual criação de “metaversos” proprietários, ao gosto da Apple,
ou de “metaversos” abertos a diversas soluções tecnológicas e eventuais
interessados em estar dentro.
Neste ambiente, em
particular desde 2021, já começaram a surgir novas áreas de negócio e criação
de valor, como os NFT/Non-Fungible Tokens, soluções virtuais expressas
na possibilidade de compra, posse e garantia de propriedade única, de items
virtuais, no âmbito da arte, da música, de um texto, de um ficheiro, que podem
ser comprados pela utilização de criptomoedas, cuja segurança assenta em
cadeias de blockchain. E, este negócio, embora ainda no seu início, já permitiu
atingir um volume de negócios de 25 mil milhões de dólares, em 2020.
Várias marcas começaram a
demonstrar interesse na presença e na criação de NFT, como a H&M, Nike,
Prada, Adidas, Pepsi, Walmart, de entre tantas outras. Em Portugal, a primeira
empresa a criar NFT foi, precisamente neste mês, a CAUS, uma marca de T-shirts,
que podem ser adquiridas no site Open Sea.
Como qualquer nova tecnologia
que surge, logo se começam a perfilar os “early adopters e discípulos”
e, por outro lado, os “descrentes”, aqueles que sempre vêm grandes ameaças em
tudo o que é novo.
Certo que qualquer
tecnologia tem aspectos positivos e negativos e, no caso das redes sociais e da
internet, levantam-se diversas questões de privacidade e protecção de dados
pessoais, mas tomada uma decisão consciente de estar presente nestas
plataformas, só lá estará quem quiser. E, não será que sempre tem sido assim,
ao longo do tempo, com os medos a tudo o que é novo, desde os motores a
combustão, aos automóveis, às viagens aéreas, aos telefones, ou à internet.
Tentando alinhar alguns
desses aspectos, diria que qualquer situação tem os seus pros e cons.
Quanto aos pros, que designaria por “forças do Bem”, vejo desde já, os
seguintes:
- Possibilidade de grandes experiências, com o alargamento e potencial
integração do mundo real ao mundo
virtual
- Maior envolvimento pessoal, por exemplo, no caso de reuniões que envolvam
presenças de vários locais do mundo
- Criatividade alargada
- Aumento da performance pessoal
- Entretenimento, nomeadamente em ambientes de gaming
- Imersão e Interactividade
- Eficácia das logísticas de negócio, nomeadamente pela criação e manipulação
de gémeos digitais
- Utilização de soluções para educação
- Treinos nas áreas da medicina e cirurgia
- Criação de soluções de marketing, comunicação e engajamento de alvos de
negócio
Como cons, ou
“forças do Mal”
- Questões ligadas à privacidade, pela circulação universal de informação
pessoal
- Mediatização da vida
- Privacidade
- Possibilidade de intrusão de terceiros
- Perigo de cópia de identidades
- Questões ligadas à permissão
- Dependência crescente da informação do meio
- Capacidade de alteração do sentido da realidade “real”, com eventuais
efeitos psicológicos daí derivados
Julgo que nenhum destes
factores possam servir de obstáculo ao sucesso deste novo ambiente visto que,
embora no caso do Metaverso, com uma dose acrescida de envolvimento activo e
não mais passivo, como no caso da Internet/Web 3.0, algumas das questões já se
colocavam, não tendo isso obstado ao crescimento exponencial das adesões às
redes sociais existentes.
No que respeita ao mundo
da economia, resta agora aos gestores e marketers, estudarem e avaliarem este
“novo meio”, que vai possibilitar novas formas de negócio, comunicação e
envolvimento as pessoas com as empresas e com as marcas, que será, certamente,
um dos protagonistas de 2022.
Bem-vindos ao novo mundo
holográfico!
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