Nota da direção editorial:

O jornalismo nunca foi tão importante para a economia do país. Apoie a produção dos nossos conteúdos tornando-se membro ou subscritor da nossa comunidade.

Faça parte de uma causa de empoderamento das marcas, das empresas e das pessoas que nelas trabalham.

Os consumidores dão cada vez mais valor à sustentabilidade nas suas compras e consequentemente os retalhistas apostam na chamada economia circular, através da venda de produtos em segunda mão.

Segundo um recente estudo da GlobalData e ThredUp, o mercado de roupa em segunda mão irá duplicar nos próximos cinco anos até alcançar uma faturação de 77 mil milhões de dólares (mais de 66 mil e 600 milhões de euros) em 2025. O relatório indica ainda que a venda de roupa usada irá crescer até 2025 cerca de 11 vezes de forma mais rápida que todo o setor da moda no seu conjunto.

A pandemia parece, de resto, ter dado força a este mercado. 33 milhões de consumidores compraram pela primeira vez roupa em segunda mão no ano passado. Talvez por vivermos um contexto em que cada vez mais se falam dos efeitos das alterações climáticas, 42% dos consumidores prevê investir mais nesta tipo de roupa nos próximos cinco anos. Uma proporção que cresce até aos 53% no caso dos Millennials e da Geração Z.

Em 2020, 42% da Geração Z comprou roupa e acessórios em segunda mão. 42% dos Millennials adotou um comportamento semelhante, enquanto as percentagens descem até aos 32% e 16%, respetivamente, no caso da Geração X e dos “baby boomers”.

O retalho não se mostra alheio à crescente vontade dos consumidores mais jovens em comprar roupa em segunda mão e, por isso, 60% dos retalhistas admite agora a possibilidade de oferecer peças em segunda mão aos seus clientes.