Já há três anos, o comité organizador dos próximos Jogos Olímpicos e Paralímpicos, que irão decorrer em 2020 em Tóquio, avançou ter delineado um plano que permitia fabricar as medalhas que são distribuídas aos vencedores das provas com recurso a metais provenientes de restos de aparelhos eletrónicos obsoletos.

Aparentemente, este plano irá ser posto em prática já na próxima edição das referidas competições. De facto, os responsáveis pela organização anunciaram recentemente que tal deverá ocorrer já em 2020, depois da ideia ter sido alvo de um elevado apoio por parte do público e de empresas japonesas.

Esperando-se que o design das medalhas destinadas à próxima edição dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos seja divulgado a meio deste ano, a recolha do lixo eletrónico necessário para o fabrico das mesmas terminará a 31 de março. Desde o momento em que este projeto foi anunciado, cerca de 47 mil toneladas de resíduos eletrónicos foram já recolhidas para este fim, avança o comité organizador.

No entanto, apenas o material que é preciso para fabricar as medalhas de bronze terá sido recolhido na totalidade, tendo já sido garantidos os 2700 quilos do referido metal necessários para fabricar as mesmas. No que diz respeito às medalhas de ouro, os organizadores já angariaram 93,7% dos 30,3 quilos essenciais para a sua confeção, ao passo que, no caso das medalhas de prata, já foram recolhidos 85,4% dos 4100 quilos necessários.

Apesar de terem sido disponibilizados vários postos de recolha em edifícios públicos localizados na cidade de Tóquio para que qualquer pessoa pudesse contribuir, a maioria do lixo eletrónico proveio da doação de aparelhos por parte de uma empresa local, a NTT Docomo.

Com esta medida, os organizadores destas competições desportivas pretendem consciencializar a população japonesa relativamente ao problema do lixo eletrónico, algo que se configura bastante revelante visto que cerca de 16% dos resíduos desse tipo derivam deste mesmo país.