Marcas do novo paradigma

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A opinião de Carla Guedes
Marcas do novo paradigma
1 de Abril de 2020
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Marcas do novo paradigma
Carla Guedes
Especialista em Comunicação Corporativa

“A tribe is a group of people connected to one another, connected to a leader, and connected to an idea. For millions of years, human beings have been part of one tribe or another. A group needs only two things to be a tribe: a shared interest and a way to communicate.”

Seth Godin, Tribes: We Need You to Lead Us

O que o confinamento responsável, ou o isolamento preventivo, ou mesmo a quarentena obrigatória nunca vai impedir é que nós humanos deixemos de comunicar. Seja em trabalho ou lazer, com objetivo de passar informação ou ganhar conhecimento, vão sempre haver formas e motivos para passar e receber mensagens. Como será a forma de comunicar num futuro pós-pandémico? Honestamente, não sei responder a esta questão, mas acredito que não deverá estar muito longe daquilo que fazemos hoje em dia. Os formatos estão todos cá, mais ou menos vulgares, temos dezenas de opções para manter esta autoestrada da comunicação, seja ela falada, escrita, ouvida, ou vista, em trânsito constante. O que penso que já estar a acontecer é um aumento qualitativo e produtivo nas ações de comunicação que fazemos no nosso dia a dia, seja a trabalhar, ou a socializar. O tempo que temos é curto, mas o facto de não nos deslocarmos e de estarmos sempre no mesmo sítio permite-nos esticá-lo um pouco, como um elástico usado, que alarga sempre mais uns centímetros. Em casa, conseguimos estar com os filhos mais tempo do que numa situação de saúde pública controlada, permite-nos ouvi-los a sério com atenção redobrada. Quando telefonamos para os nossos pais, a conversa é mais longa do que o habitual, porque no imediato não vamos ter ninguém por perto, há privacidade e podemos falar com maior cuidado. Há naturalmente uma proximidade distante, que tem como base uma comunicação que assenta em objetivos e interesses comuns.

Com o trabalho é igual, cada tarefa é feita com maior celeridade, porque não há distrações, a produtividade é muito maior, mais efetiva, as comunicações são objetivas. Hoje, ainda é muito cedo para pensar, ou saber como é que esta pandemia vai influenciar a comunicação, mas tendo em conta que o futuro é daqui a um segundo, acredito que terá de haver um esforço maior na comunicação externa, que aumente o envolvimento com os nossos parceiros, clientes e colegas de equipa. É fundamental manter a proximidade com os nossos stakeholders, para manter o fluxo de trabalho o mais próximo possível do normal, garantido assim o envolvimento de todos. Continuar a passar mensagens positivas, inovadoras, que mostrem vitalidade e preocupação com a empresa e comunidade onde se insere. As marcas, fundamentalmente as globais, vão ter de assegurar comunicações consistentes e oportunas, não apenas localmente, mas globalmente, para garantir que os seus stakeholders, tenham toda a informação para se sentirem seguros.

Num momento de crise, como o que vivemos, a comunicação tradicional, nos formatos mais conservadores deverá ir ao encontro do problema e não fugir dele. Se pretendemos manter a comunicação produtiva, devemos continuar a trabalhar com coragem, mesmo que seja remotamente num escritório improvisado na sala de estar, no meio de crianças, TV, música e barulho. Como diz o ditado, “parar é morrer”, e há que continuar a comunicar de forma clara, consistente e coerente, passar mensagens positivas e de esperança.

Felizmente, vivemos numa época rica em termos de formatos de comunicação, o que me permite acreditar num futuro risonho nesta área. Hoje temos uma coisa ótima chamada de social media, que se bem utilizada e com fontes sérias e fidedignas, é uma nascente indispensável de informação. As redes sociais têm um poder sem limites, um crescimento sem fim, e estão atualmente a atingir uma maturidade muito interessante. A Comunicação online está cada vez melhor, continua a haver alguma desinformação e muitas notícias falsas, mas nós, os consumidores e comunicadores, estamos cada vez melhores a perceber se uma notícia é mentira ou não, a verificar factos e a avaliar a seriedade de uma fonte. Neste momento, as redes sociais estão a fazer um trabalho fundamental à saúde da comunicação, já que plataformas como Twitter, Facebook e Instagram, trabalham ativamente no sentido de garantir que apenas as notícias verdadeiras ganhem prioridade e dimensão global. Mesmo sabendo que nenhum algoritmo de filtragem de notícias seja perfeito, as redes sociais estão a melhorar, aumentar e a acelerar o acesso e a difusão da informação.

Voltando à citação com que comecei este texto, para comunicar basta haver pessoas e um interesse comum, talvez se deva acrescentar entusiasmo, vontade de comunicar e seriedade, seja na fonte, ou na pessoa que passa a mensagem. Não acho que nos tenhamos de preocupar em que formato é que vamos comunicar amanhã, devemos sim tentar ser cada vez melhores comunicadores e passar informação de qualidade, com base em factos reais, com fontes seguras e verificadas.

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