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Nota da direção editorial: Ultrapassámos os nossos records de audiência em Televisão e Online nos últimos meses. Obrigado por ter estado connosco!
Agora, que começamos um novo ciclo, queremos continuar consigo e a tê-lo sempre ao nosso lado. Mais do que nunca é preciso estarmos juntos!
Igualdade, propósito e criatividade. O segundo dia do evento
digital LIONS Live foi dedicado à forma como as marcas devem responder aos
desafios de uma sociedade em mudança para sobreviverem a um futuro incerto. O mundo está a reagir à forma habitual de viver, conviver e
estigmas sociais instalados durante décadas. Agora é tempo de ouvirmos o que as
marcas têm para nos dizer. Mais: o que têm de fazer.
Neste segundo dia, o
Festival quis debater temas como a igualdade de género e o racismo mas também a relação
com o planeta e a criatividade a ganhar asas em tempos de quarentena.
Uma carta aos homens e mulheres brancos
“O Apartheid era legal na África do Sul por isso fazia parte da
sociedade. Na escola, por exemplo, as crianças negras tinham uma escola só para
elas e recebiam uma educação diferente. As escolas não tinham infraestruturas.
Num dia podiam ir para a escola e sentavam-se no chão, no outro podia ser numa
cama”. Este o relato de Phumzile Mlambo-Ngcuka, subsecretária geral das Nações
Unidas, diretora executiva da ONU Mulheres e presidente da Unstereotype Alliance.
A ativista viveu de perto a luta contra o Apartheid ao ver o seu
companheiro ser preso e vários amigos mortos.
“Na África do Sul a maioria das empresas ficava à margem da
discussão. O setor privado internacional era muito mais poderoso na forma como
lutava contra o Apartheid ao colocar pressão nas organizações na África do
Sul”, explica Phumzile em entrevista a Stephan Loerke, ceo da World Federal of Advertisers.
Questionada sobre o momento que se vive no mundo com o movimento “Black Lives Matter”, a ativista deixa uma
mensagem à humanidade: “as vidas negras importam nos EUA, importam no Reino
Unido, no mundo...mudem-se a vocês mesmos e mandem uma mensagem às autoridades
que precisam de a ouvir”.
Phumzile apelou a que homens e mulheres
brancos não desperdicem os seus privilégios na sociedade e os usem para o bem
comum e referiu a importância de a indústria da publicidade ser catalisadora da mudança:
“as marcas que estão à margem da discussão estão a perpetuar estereótipos. A
diversidade e a responsabilidade são fundamentais e não há mais tempo ou
paciência para mudanças graduais”.
Como inovar com propósito
A relação com o planeta é cada vez mais um fator determinante
para a forma como os consumidores olham para as marcas.
Os microplásticos estão em tudo e em todo o lado. Oceanos, ar e ecoesfera, a difusão deste material tem uma longa história mas uma empresa procurou destruí-la.
“Desde 1950 foram criados mais de 8300 biliões de quilos de
plástico. É o suficiente para enterrar a cidade de Nova Iorque a 3 mil metros
de profundidade. No último século foram produzidos mais de 70 mil a 100 mil
químicos, estes químicos têm um impacto muito negativo nos trabalhadores, na
comunidade e nos consumidores” explica a Dra. Rebecca Altman, sociologista ambiental.
Evolved by Nature é uma nova empresa de química verde com uma visão para um
futuro mais humano, sustentável, livre dos produtos químicos ocultos e nocivos
que invadem as nossas vidas há anos.
A empresa detém patentes que cobrem uma ampla variedade de
composições moleculares da seda e continua a descobrir, desenvolver e
comercializar novas aplicações para a seda natural, apoiada por uma crescente
equipa de cientistas, engenheiros e outros especialistas. Atua na área do
têxtil e produtos corporais.
Nascida com um papel de propósito ativo, pretende orientar as
marcas no desenvolvimento de soluções mais sustentáveis que procuram construir
um movimento de saúde global.
O “fora da caixa”: a salvação de marcas e agências
Há quem diga que há uma “crise na criatividade”. A falta de
investimento por parte das marcas, o futuro incerto das agências e a enorme
revolução social, digital e empresarial que se vive podem ser determinantes. O
momento é de desafios mas há quem tenha procurado a oportunidade no meio do caos.
A AlmaBBDO deu a
conhecer o filme “Catrentine”. Uma curta-metragem filmada inteiramente
em casa em que um dia um criativo acorda e descobre que está a viver a vida de
um gato. Com tempo para pensar sobre a situação, percebe como é emocionalmente
trabalhar neste setor da criatividade e como podemos enfrentar as mudanças que
um novo mundo apresenta.
Emocional, divertido e mágico conta com observações
pessoais e uma visão otimista em relação ao futuro.
Já a Grey lançou uma série global de 14
filmes que ganharam vida a partir do apartamento de Diego Medvedocky, presidente e cco da Grey Latam. Em isolamento, Diego sentiu a necessidade de criar
algo diferente, simples e único. Contar a história de dois meses de isolamento
de diversas pessoas em todo o mundo. Uma colaboração com o realizador Luis Aguer que
deu origem a “Pandemos”.
Já a plataforma online de video da China, iQIYI, quis melhorar a vida das pessoas durante a Covid-19. A rede criou
uma série de programas e conteúdos diferenciadores para que a “vida à
distância” fosse mais agradável, criativa e divertida.
A Dentsu foi mais longe ao dar a conhecer a sua visão na era do
propósito pós-social. A empresa partilhou alguns projetos e quer levantar a
questão como alcançar o “salto quântico criativo” com ideias que realmente
mudam a forma como as pessoas irão viver no futuro.
Lions Creativity Report of the Decade Our: ranking global das agências
A empresa pertencente à Omnicom BBDo teve duas agências nomeadas como
Agências Regionais da Década pelo Cannes Lions: Colenso BBDo recebeu o prémio na região do
Pacífico enquanto que a AlmaBBDO foi a vencedora para a América
Latina.
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