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Por estes dias, o mundo
da criatividade, inovação e entretenimento, encontrou-se em Austin para mais um
SXSW - South by Southwest. O primeiro dos grandes festivais a ser cancelado em
2020, por conta do que já sabemos e que voltou agora à sua edição original,
presencial e irreplicável em modo virtual.
Isto porque Austin, com os seus bares e
restaurantes, faz sempre questão de ser um participante indispensável na
programação musical e social. Ainda para mais, quando o SXSW celebra os seus 35
anos daquilo que começou por ser um festival de música local e que se
reinventou, ano após ano, para se tornar numa referência obrigatória para quem
quer ver o futuro acontecer, independentemente da sua área de atuação.
Mas sobre 2022, em primeiro lugar, nunca
fez tanto sentido falar de tecnologia e entretenimento no mesmo espaço e ao
mesmo tempo. Se dentro do universo do gaming a tecnologia encontrava o
casamento perfeito, agora é a vez do cinema e da música avançarem no namoro.
Estamos num período de aceleração, em grande parte catalisado pela pandemia e o
acesso aos conteúdos da “televisão aberta”, estão em declínio rápido, com a
excepção das notícias, desporto e eventos especiais tipo “Os Oscars”. Todos os
restantes conteúdos, estão a transitar para os “streaming players” como a
Netflix, Amazon ou Disney Plus, por exemplo. E isto é um desafio tremendo para
praticamente todos: Produtores de conteúdo, distribuidores e marcas que querem
perceber como anunciar, onde se paga tanto pelo conteúdo como para não ver
anúncios.
Do
Mad Men ao Math Men.
A resposta à questão dos anunciantes
investirem com mais eficácia, pode e deve estar, sempre, na criatividade. Mas
será que não pode passar também pela tecnologia? Faz tempo que os departamentos
de marketing dizem que “os dados batem as opiniões” e hoje, através de potentes
ferramentas de Martech, estes transformaram-se em super-profissionais que estão
à frente na curva. Agora é a vez da publicidade também evoluir. Num dos muitos
keynotes durante o evento, Michael E. Kassan da Medialink refere que “Hoje não
é apenas sobre criatividade, mas sim sobre entender a criatividade”. Ou seja, a inteligência artificial já está a
ajudar os criativos a escolherem a expressão do modelo, a cor da camisa ou os olhos
do bebé que dá melhor performance a determinada campanha. É sobre fazer melhor
trabalho com informação, que até agora era impossível de aceder. Exemplo disso,
é a plataforma VidMob que já está a dar os primeiros passos aqui em Portugal,
com uma conhecida marca de bebidas.
Controverso
metaverso.
Sem dúvida a maior buzzword do momento. Tão
grande que ainda não é ninguém e já começa a produzir outras.
“Interoperabilidade” foi o palavrão que o Mark Zuckerberg trouxe na sua
conversa com o nosso conhecido tubarão Daymond John, numa conversa que tinha
tanto de remota como de ensaiada. Segundo o fundador da Meta, “a” empresa, tem
agora o desafio de fazer com que os diferentes sistemas comuniquem entre si, já
que ele acredita que nesta realidade teremos vários avatares, consoante o que
ali estamos a fazer. Aliás, foram vários os futuristas que mencionaram esta
discordância de personas. Mas se pensarmos bem, hoje já somos fragmentos da
nossa identidade espalhados pelo Meta, Instagram, Linkedin e já para não falar
do Tinder. Agora, se já não é fácil eu gerir tantas passwords, imagino gerir
avatares com nomes e personalidade diferentes. Mas numa coisa o SXSW foi
unânime, que de entre todos os candidatos, o nosso querido @zuck é o menos
capacitado para liderar esta corrida.
Mas há muita vida para além do metaverso. A
Web3 roubou grande parte do glitter e avançou com a maior das promessas.
Finalmente a possibilidade de um mundo melhor, num futuro mais colaborativo e
acima de tudo, justo. Onde a tecnologia é finalmente um potenciador das
capacidade humanas independentemente do género, raça ou estrato social. Um
mundo onde a informação é validada de imediato por inúmeras fontes, até correr
livremente e onde até o próprio planeta beneficiará, da desmaterialização
tecnológica pela partilha de equipamentos. Aliás segundo a Amy Webb, muito em
breve vamos conseguir fazer aluguer de curta duração dos equipamentos
electrónicos que temos parados em casa. Uma espécie de Airbnb para aquilo que
não estamos a usar.
Se o futuro parece cor-de-rosa na
tecnologia, é precisamente na diversidade que ainda há tantas incertezas.
Jonathan Van Ness, uma premiada personalidade da televisão e autora do
bestseller “Over the top”, dizia mesmo que “Tal como a tecnologia, as pessoas
nascem desformatadas e são programadas à medida que vão crescendo”.
Questionando ainda o exemplo da indústria da beleza, como tantas outras, porque
ainda não contemplam a diversidade de géneros.
Mas sem dúvida que o melhor desta edição do
SXSW, foi mesmo o reencontro e a prova que independentemente do futuro, a
tecnologia deverá ser apenas um meio. Somos animais sociais e uma vez mais
Austin, provou ser uma cidade estranhamente perfeita para o sermos. Levámos à
risca o convite da organização #KeepAustinWeird e que venha a edição de 2023,
com mais uma missão do Institute for Tomorrow.
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