Mantenham Austin Estranho

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A opinião de João Baptista
"Mantenham Austin estranho"
22 de Março de 2022
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"Mantenham Austin estranho"
João Baptista
Fundador do Institute for Tomorrow
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Por estes dias, o mundo da criatividade, inovação e entretenimento, encontrou-se em Austin para mais um SXSW - South by Southwest. O primeiro dos grandes festivais a ser cancelado em 2020, por conta do que já sabemos e que voltou agora à sua edição original, presencial e irreplicável em modo virtual.


Isto porque Austin, com os seus bares e restaurantes, faz sempre questão de ser um participante indispensável na programação musical e social. Ainda para mais, quando o SXSW celebra os seus 35 anos daquilo que começou por ser um festival de música local e que se reinventou, ano após ano, para se tornar numa referência obrigatória para quem quer ver o futuro acontecer, independentemente da sua área de atuação.

 

Mas sobre 2022, em primeiro lugar, nunca fez tanto sentido falar de tecnologia e entretenimento no mesmo espaço e ao mesmo tempo. Se dentro do universo do gaming a tecnologia encontrava o casamento perfeito, agora é a vez do cinema e da música avançarem no namoro. Estamos num período de aceleração, em grande parte catalisado pela pandemia e o acesso aos conteúdos da “televisão aberta”, estão em declínio rápido, com a excepção das notícias, desporto e eventos especiais tipo “Os Oscars”. Todos os restantes conteúdos, estão a transitar para os “streaming players” como a Netflix, Amazon ou Disney Plus, por exemplo. E isto é um desafio tremendo para praticamente todos: Produtores de conteúdo, distribuidores e marcas que querem perceber como anunciar, onde se paga tanto pelo conteúdo como para não ver anúncios.

 

Do Mad Men ao Math Men.

A resposta à questão dos anunciantes investirem com mais eficácia, pode e deve estar, sempre, na criatividade. Mas será que não pode passar também pela tecnologia? Faz tempo que os departamentos de marketing dizem que “os dados batem as opiniões” e hoje, através de potentes ferramentas de Martech, estes transformaram-se em super-profissionais que estão à frente na curva. Agora é a vez da publicidade também evoluir. Num dos muitos keynotes durante o evento, Michael E. Kassan da Medialink refere que “Hoje não é apenas sobre criatividade, mas sim sobre entender a criatividade”.  Ou seja, a inteligência artificial já está a ajudar os criativos a escolherem a expressão do modelo, a cor da camisa ou os olhos do bebé que dá melhor performance a determinada campanha. É sobre fazer melhor trabalho com informação, que até agora era impossível de aceder. Exemplo disso, é a plataforma VidMob que já está a dar os primeiros passos aqui em Portugal, com uma conhecida marca de bebidas.

 

Controverso metaverso.

Sem dúvida a maior buzzword do momento. Tão grande que ainda não é ninguém e já começa a produzir outras. “Interoperabilidade” foi o palavrão que o Mark Zuckerberg trouxe na sua conversa com o nosso conhecido tubarão Daymond John, numa conversa que tinha tanto de remota como de ensaiada. Segundo o fundador da Meta, “a” empresa, tem agora o desafio de fazer com que os diferentes sistemas comuniquem entre si, já que ele acredita que nesta realidade teremos vários avatares, consoante o que ali estamos a fazer. Aliás, foram vários os futuristas que mencionaram esta discordância de personas. Mas se pensarmos bem, hoje já somos fragmentos da nossa identidade espalhados pelo Meta, Instagram, Linkedin e já para não falar do Tinder. Agora, se já não é fácil eu gerir tantas passwords, imagino gerir avatares com nomes e personalidade diferentes. Mas numa coisa o SXSW foi unânime, que de entre todos os candidatos, o nosso querido @zuck é o menos capacitado para liderar esta corrida.

 

Mas há muita vida para além do metaverso. A Web3 roubou grande parte do glitter e avançou com a maior das promessas. Finalmente a possibilidade de um mundo melhor, num futuro mais colaborativo e acima de tudo, justo. Onde a tecnologia é finalmente um potenciador das capacidade humanas independentemente do género, raça ou estrato social. Um mundo onde a informação é validada de imediato por inúmeras fontes, até correr livremente e onde até o próprio planeta beneficiará, da desmaterialização tecnológica pela partilha de equipamentos. Aliás segundo a Amy Webb, muito em breve vamos conseguir fazer aluguer de curta duração dos equipamentos electrónicos que temos parados em casa. Uma espécie de Airbnb para aquilo que não estamos a usar.

 

Se o futuro parece cor-de-rosa na tecnologia, é precisamente na diversidade que ainda há tantas incertezas. Jonathan Van Ness, uma premiada personalidade da televisão e autora do bestseller “Over the top”, dizia mesmo que “Tal como a tecnologia, as pessoas nascem desformatadas e são programadas à medida que vão crescendo”. Questionando ainda o exemplo da indústria da beleza, como tantas outras, porque ainda não contemplam a diversidade de géneros.

 

Mas sem dúvida que o melhor desta edição do SXSW, foi mesmo o reencontro e a prova que independentemente do futuro, a tecnologia deverá ser apenas um meio. Somos animais sociais e uma vez mais Austin, provou ser uma cidade estranhamente perfeita para o sermos. Levámos à risca o convite da organização #KeepAustinWeird e que venha a edição de 2023, com mais uma missão do Institute for Tomorrow.


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