Livres e donos do seu nariz

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A opinião de Joana Carravilla
Livres e donos do seu nariz
18 de Julho de 2018
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Livres e donos do seu nariz
Joana Carravilla
Country Manager Iberia da Elife

Uma nova geração entrou no mercado de trabalho. São empreendedores, críticos, responsáveis, rápidos e, por isso, valorizam a autonomia, liberdade de horários e o trabalho remoto. São uma clara maioria na nossa empresa, trabalham a partir de casa e o resultado é francamente positivo.

No ano passado, mais ou menos por esta altura, escrevi um texto destinado às mulheres com quem trabalho. Hoje, vou um pouco mais longe e dedico este artigo a toda uma geração de jovens nos primeiros anos de trabalho, com a qual lido diariamente e que me ensina mais todos os dias. Esta é, pela sua ansiedade, criatividade, envolvimento e sentido de humor, muito difícil de igualar e ainda mais de ser comparada a qualquer outra que a tenha antecedido.

Estes jovens são resistentes, motivados e trabalham sem hierarquias. São altamente conectados, ágeis e envolvem-se de corpo e alma nos projetos em que acreditam. Quase sempre muito ansiosos, não trabalham apenas pelo dinheiro, dão valor à missão e objetivos a que a empresa se propõe e assumem-na como sua, tentando tudo o que estiver ao seu alcance para, rapidamente, atingir o objetivo que lhes é proposto. Bastante empreendedores, não têm medo de voltar a estudar pois são humildes o suficiente para admitir que não sabem tudo e conscientes para saber que só com o estudo podem agarrar novas oportunidades. E eles querem sempre ter todas as possibilidades em aberto!

Este é o perfil do profissional que já faz parte das indústrias, empresas e agências por todo mundo e que está a mudar e a acelerar a forma como se faz e vive os negócios. A propensão para empreender mais reflete-se na constante procura por fazer melhor, por procurar novas formas, por testar outras metodologiaspara conseguir, com mais eficácia e rapidez, chegar a bom porto com os projetos. Outra característica que muitos apreciam é a possibilidade de trabalhar a partir de casa, ou de qualquer outro sítio do mundo remotamente, e poder gerir livremente o seu próprio tempo.

Estas particularidades ou atributos trazem novas relações de trabalho, ditadas por objetivos claros e refletem uma mudança em todo o mercado. O home office, que até há algum tempo era uma exceção na maioria das empresas, passa a ser cada vez mais aceite e desejado por estes jovens profissionais. A título de exemplo, na nossa empresa, somos promotores desta forma de trabalho desde a sua fundação, em 2004, no Brasil. Passados 14 anos, os números falam por si: somos cerca de 400 funcionários – entre Brasil, Portugal, México e Espanha –, sendo que mais de 300 trabalham remotamente. Os restantes, estão divididos entre os escritórios do Porto e de São Paulo. Esta estratégia tem trazido vários benefícios, como o aumento da produtividade e da poupança, a maior retenção dos colaboradores (já que lhes oferecemos flexibilidade), a diminuição dos níveis de stress e até a possibilidade de incremento de salário.

Num estudo divulgado em abril deste ano pela “Small Business Trends”, refere-se que 3.9 milhões de americanos – incluindo os freelancers – já trabalham a partir de casa, pelo menos metade da semana. E prevê-se que, daqui a 10 anos, um terço dos trabalhadores já colaborem com as empresas – sejam pequenas ou grandes (como a Amazon, Dell, Phillips ou Nielsen) – neste formato. Na Europa, os números também já são bastante interessantes. Segundo a Eurostat, a taxa de pessoas empregadas entre os 15 e os 64 anos na União Europeia que normalmente trabalham em casa ficou em 5% no ano passado. Esse valor foi mais alto na Holanda (13,7%), seguido pelo Luxemburgo (12,7%) e pela Finlândia (12,3%). Já a percentagem de pessoas empregadas na UE que, por vezes, trabalham em casa, aumentou de forma constante ao longo dos últimos anos, passando de 7,7% em 2008 para 9,6% em 2017.

Estes chefes de si mesmos olham para o trabalho como uma missão, com claros objetivos e em cuja decisão gostam de - e exigem - participar. Eles estão a mudar a forma como as empresas trabalham, e para melhor. Obrigam os empresários a pensar, a olhar para o seu umbigo com um sentido mais crítico, a questionar tudo, sempre.

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