Criada em parceria com a CIG (Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género), a iniciativa transforma a linha de atendimento da IKEA num canal confidencial e seguro, capaz de encaminhar diretamente as vítimas para apoio especializado.

A linha de apoio da IKEA para vítimas de violência doméstica registou um aumento significativo de contactos em 2025.  

De acordo com um comunicado no site da marca, entre janeiro e setembro deste ano, mais de mil pessoas selecionaram a opção de encaminhamento para o SIVVD, reforçando o papel da linha como uma porta de entrada essencial para quem precisa de ajuda. Desde o lançamento, em março de 2023, a linha recebeu 216 chamadas no primeiro ano e mais do que duplicou em 2024, com 462 contactos.

O processo é simples: ao ligar para a linha de apoio da IKEA, as vítimas podem escolher a opção tecla 8 do menu e ser encaminhadas de forma anónima para profissionais qualificados. Este crescimento de contactos evidencia tanto a maior visibilidade do canal como a persistente realidade da violência doméstica em Portugal.

A parceria com a CIG inclui ainda o programa “Recomeços”, que apoia a autonomização de vítimas temporariamente acolhidas em casas de abrigo. Desde 2023, cerca de 100 pessoas beneficiaram diretamente do programa, recebendo os recursos necessários para reconstruir a sua vida num ambiente seguro. No início do ano fiscal de 2025, a IKEA reforçou este apoio com um contributo de 15 mil euros para o fundo de autonomização, gerido pela CIG.

Cláudia Domingues, Country Communication Manager da IKEA Portugal, afirma: “Estes números mostram que estamos a chegar a mais pessoas que precisam de ajuda, quebrando o ciclo do silêncio. Mas também reforçam a responsabilidade que temos, como marca presente na vida de tantos portugueses, de continuar a usar a nossa voz por esta causa. Criar um melhor dia a dia começa por garantir que a casa é um lugar seguro. Quando não é, é nosso dever ajudar a criar novos recomeços”.

Carina Quaresma, Presidente da CIG, acrescenta: “A parceria com a IKEA é um exemplo de como o setor público e privado podem unir esforços para criar pontes de esperança. Ao permitir o redirecionamento da linha IKEA para o Serviço de Informação a Vítimas de Violência Doméstica, a IKEA aumenta a nossa capacidade de chegar de forma segura a quem mais precisa. Este crescimento de contactos mostra que tornar a ajuda acessível pode, de facto, salvar vidas”.