À medida que o US Open 2025 se desenrola em Flushing Meadows, Nova Iorque, o torneio é tanto o epicentro do ténis de elite mundial como um palco estratégico para marcas de moda, lifestyle e luxo. Como destaca a Forbes, o evento tornou-se um verdadeiro hub de marketing, onde jogadores, celebridades e produtos se cruzam num espetáculo de visibilidade e inovação.

Este ano, a Lacoste assumiu o protagonismo ao homenagear Novak Djokovic, substituindo temporariamente o seu icónico crocodilo por um logótipo que representa uma cabra, em referência ao acrónimo G.O.A.T. sigla em inglês para “Greatest of All Time” (Melhor de Todos os Tempos, em português).

A marca lançou uma coleção limitada de cinco peças — polo, T-shirt, casaco de treino, boné e calças — que celebrou tanto a carreira do tenista sérvio como os feitos históricos de René Lacoste, vencedor do US Championship em 1926 e 1927, que lhe valeram o famoso apelido associado ao crocodilo.

Djokovic, embaixador da Lacoste há mais de oito anos, participou na apresentação da coleção na flagship da marca na Fifth Avenue, num meet-and-greet exclusivo com fãs e consumidores. Thierry Guibert, CEO da Lacoste, comentou: “Novak Djokovic tem feito parte da família Lacoste há mais de oito anos. Juntos, partilhámos um período excecional, durante o qual conquistou 12 títulos de Grand Slam — metade do total da sua carreira. Para além do jogador extraordinário, a sua tenacidade, mentalidade e valores contribuíram para elevar e amplificar a marca. Transformar o nosso Crocodilo em GOAT hoje, para lhe prestar homenagem, e revelar a coleção aqui, onde René construiu a sua lenda, foi uma escolha óbvia”.

O US Open também serve como palco de tendências de moda dentro e fora do campo. Venus Williams, por exemplo, celebrou a sua 25.ª participação no torneio com um look exclusivo da marca ERL, que incluiu polo, saia plissada, viseira e bolsa de raquete “hand-aged”, criado pelo estilista Ronald Burton III. Por sua vez, Andre Agassi, ícone dos anos 80, colaborou com a Rag & Bone numa linha especial de shorts “Made for Legends”, reforçando a ligação entre a moda e o legado desportivo.

No universo do luxo e da joalharia, a primeira participação de Aryna Sabalenka no US Open incluiu peças da Material Good: colar, chokers e brincos com pedras preciosas e diamantes, combinados com o equipamento Nike, complementando o estilo com a famosa Tennis Bracelet, símbolo de elegância no ténis. Outras marcas, como Sophie Bille Brahe, Fernando Jorge e De Beers, aproveitaram o evento para dar a conhecer as suas coleções de joalharia inspiradas no desporto.

Até produtos mais inesperados se associam ao torneio. A Hue Hosiery lançou uma promoção nas slouch socks preferidas de Taylor Townsend, WTA World No. 1 em pares, enquanto a tequila Lalo organizou o evento First Serve no Thompson Central Park, reunindo Madison Keys, Holger Rune e influenciadores da cidade, com cocktails, martinis, estação de caviar, ping pong interativo e o lançamento do LALO Clubhouse, disponível até ao fim do torneio.

Como refere a Forbes, o US Open tornou-se muito mais do que uma competição desportiva. É um laboratório de estratégias de marketing, onde marcas de moda, lifestyle, luxo e bebidas criam experiências exclusivas, aproveitando a presença de atletas e celebridades para aumentar notoriedade, criar conteúdo e reforçar a associação emocional com o público. A Lacoste, ao transformar o seu crocodilo em G.O.A.T., exemplifica esta fusão perfeita entre herança, inovação e storytelling de marca.

No fim, o US Open estabelece-se como epicentro global do ténis e da moda, mostrando que a disputa não é apenas dentro do campo, mas também fora dele, nas lojas e nos conteúdos digitais que percorrem o mundo.