“Jornalismo vive um dos momentos mais críticos da história”. Grupos de media debatem futuro

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“Jornalismo vive um dos momentos mais críticos da história”. Grupos de media debatem futuro
15 de Maio de 2024
“Jornalismo vive um dos momentos mais críticos da história”. Grupos de media debatem futuro
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“Jornalismo vive um dos momentos mais críticos da história”. Grupos de media debatem futuro
Ana Gaboleiro
Jornalista
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Declínio das receitas publicitárias, novas plataformas de streaming, fake news e mudanças nos hábitos dos espectadores são alguns dos desafios que os grupos de media enfrentam neste momento. Qual a solução? RTP, Media Capital, Impresa e Medialivre debateram os principais temas.


“O Estado da nação dos media” foi o tema debatido esta tarde, em Lisboa, durante o Congresso da APDC. Numa altura em que os jornalistas saíram à rua em defesa dos seus direitos, há cada vez menos órgãos de comunicação social em Portugal e cada vez mais consolidações e encerramentos.


A sustentabilidade dos media continua a estar no centro das atenções e, segundo Carla Martins, que pertence ao novo conselho diretivo da ERC, “o jornalismo vive um dos momentos mais críticos da sua história”. Com o surgimento das plataformas de streaming e também o crescimento constante do online é preciso regular melhor e de forma mais rápida e justa para que no futuro possamos ter um jornalismo sustentável e independente.


Durante o congresso, Carla Martins referiu também que a Inteligência Artificial irá impactar seriamente toda a comunicação social e que é necessária e urgente a criação de uma regulação que defina regras e princípios que garantam transparência.


A intervenção da responsável da ERC abriu portas a uma conversa entre os principais líderes dos grupos de media portugueses com canais de televisão. RTP, Impresa, Media Capital e Medialivre, detentor do mais recente canal NOW, juntaram-se para falar sobre os novos modelos de financiamento.


“É conhecida a desistência de muitos espectadores de televisão, que não se reveem na oferta atual. As plataformas digitais e de streaming conquistaram os espectadores portugueses e nós achamos que existe espaço para um novo canal de informação em Portugal”, refere Luís Santana, CEO da Medialivre.


Com um novo canal de informação, que irá estar disponível nas televisões dos portugueses a partir do dia 17 de junho, levantam-se questões sobre a distribuição da receita publicitária entre os grandes grupos de media e qual o impacto nas audiências.


“Acredito que a entrada de um novo canal não vai criar nenhum distúrbio da receita publicitária nos outros canais. O digital é que está a comer o bolo publicitário”, acrescenta o responsável da Medialivre.


Já Francisco Pedro Balsemão, CEO do grupo Impresa, defende que é preciso “continuar a confiar no nosso produto” e que “compete-nos a nós, enquanto grupos de media, encontrar o nosso espaço, não só reforçar a nossa presença nas plataformas tradicionais, mas também nas novas”.


É o caso da OPTO, um produto de streaming lançado pelo grupo Impresa e que reflete a aposta que a empresa tem tido na criação de novos conteúdos e formatos, antecipando hábitos de consumo e tendências.


“O consumidor é complexo e se nós não formos capazes de nos complementar em todas as plataformas vamos ser confusos. Há que passar este ambiente de canais generalistas com capacidade de chegar a várias pessoas e passar essa experiência também para o digital”, refere o CEO da Impresa.


Pedro Morais Leitão, CEO da Media Capital, foi mais assertivo e referiu que “o mercado publicitário não chega para ninguém” e que “2024 é o ano em que as receitas de publicidade no streaming vão ultrapassar as dos media tradicionais”. Um sinal da mudança dos tempos que obriga a uma conversa aberta com os detentores de grandes plataformas, como Amazon ou Netflix, para que haja uma melhor distribuição capaz de trazer sustentabilidade ao setor dos media.


“Nós disponibilizámos a série “Rabo de Peixe” na Netflix. Acha que isso trouxe milhões à RTP? Nem pensar”, explica Nicolau Santos, presidente da RTP.


Enquanto canal público os desafios são diferentes, mas Nicolau reitera a necessidade de uma “união entre os operadores nacionais” e um diálogo conjunto que permita reconhecer a existência de uma imprensa livre, que deve ser apoiada também pelo Estado português.


A grave crise de sustentabilidade do jornalismo junta-se à proliferação de fake news, que parecem estar a dominar as redes sociais. Para Luís Santana, da Medialivre, o maior desafio é “saber qual a informação de qualidade e fazer fact check a toda a informação recebida”. Só assim será possível fazer face aos conteúdos gerados por Inteligência Artificial.


Francisco Pedro Balsemão, da Impresa, garante que “Portugal é um dos países que mais confia em quem divulga os conteúdos e que isso é algo positivo”. É por isso uma responsabilidade acrescida para os grandes grupos de media que têm agora a missão de combater a desinformação gerada sobretudo no digital.


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