Jogos Olímpicos adiados: o impacto para as marcas

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Evento será realizado em 2021
Jogos Olímpicos adiados: o impacto para as marcas
24 de Março de 2020
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Jogos Olímpicos adiados: o impacto para as marcas
Francisco Branco
Jornalista e Coordenador Brands Channel
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Está confirmado. Os Jogos Olímpicos de Tóquio foram adiados para 2021 devido à pandemia. Mas qual o impacto da decisão para as marcas?


Horas depois de um membro do Comité Olímpico Internacional (COI) revelar que o evento seria adiado para o próximo ano - facto destacado na nossa “NEWSROOM” de hoje -, o primeiro ministro do Japão, Shinzo Abe, anunciou à imprensa a difícil decisão. É a primeira vez na história que os Jogos são adiados devido a circunstâncias externas, à exceção das edições que coincidiram com a Primeira e Segunda Guerra Mundiais (1916 e 1940, respetivamente).

Segundo o primeiro ministro, o pedido para a realização das Olimpíadas em meados de julho de 2021 partiu do próprio governo, mas foi recebido com total apoio pelo presidente do COI, Thomas Bach, dado que apenas este cenário iria permitir que os atletas treinassem com segurança e que o investimento do país no evento não fosse posto em causa.

As consequências deste adiamento serão certamente visíveis nos próximos meses. Em primeiro lugar, o adiamento para 2021 coloca a competição na mesma época dos mundiais de natação e atletismo, que acontecem tradicionalmente no ano a seguir. Pensar mudar os Jogos para 2022 seria ainda uma opção mais difícil, uma vez que grandes eventos estão previstos para esse ano, como o Mundial de Futebol no Qatar e os próprios Jogos Olímpicos de Inverno, que irão decorrer em Pequim.

Para as marcas o impacto será também certamente grande. Tal como refere a Sports Illustrated, os patrocinadores e as empresas locais poderão sofrer consequências financeiras imprevisíveis. A Coca-Cola, Procter & Gamble, Samsung, Toyota, Visa e Panasonic estão entre as principais marcas associadas às Olimpíadas. Todas fizeram acordos com investimentos avultados na expectativa de que os Jogos ocorressem neste verão e que milhões de pessoas tivessem contacto com os seus produtos através de diferentes formatos publicitários. Os funcionários das empresas patrocinadoras também deverão sofrer com a decisão, uma vez que, com receitas mais baixas, as companhias poderão ter que recorrer a demissões.

É, no entanto, expectável que os adiamentos dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos levem a renegociações de contratos relativamente amigáveis. A expectativa é que todos os envolvidos irão entender que estamos perante uma pandemia global inesperada e que naturalmente ninguém ligado ao evento é culpado. Além disso, o COI anunciou que os nomes "Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de Tóquio 2020" vão ser mantidos. Este anúncio foi pensado provavelmente para garantir aos patrocinadores que seus investimentos nas marcas "Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Tóquio 2020" não sejam perdidos devido à mudança de data.

Ainda assim, e como explica a Sports Illustrated, se as renegociações falharem, poderá haver litígios, dependendo dos termos da resolução de disputas nos contratos. Os patrocinadores podem recusar-se a pagar e invocar termos contratuais para reivindicar que as suas obrigações terminaram. A maioria dos contratos de patrocínio e evento contêm cláusulas de força maior. Essas cláusulas dispensam as partes de cumprir as obrigações contratuais por conta de uma circunstância peculiar, imprevisível e incontrolável que vai além daquilo que ambas as partes conseguem controlar. A pandemia de uma doença está, muitas vezes, contemplada nas cláusulas de força maior. Outros exemplos incluem erupções vulcânicas, tornados, guerras químicas e ataques terroristas.

De acordo com a Reuters, as Olimpíadas de Tóquio geraram valores de patrocínio recorde, com as marcas japonesas a investirem cerca de 348 mil milhões de ienes (2,8 mil milhões de euros). Estes números não incluem as parcerias acordadas entre grandes empresas e o COI pelos direitos de patrocinar várias edições dos Jogos. A organização do evento exigiu um investimento de 400 mil milhões de ienes (cerca de 3,3 mil milhões de euros) do governo japonês e o adiamento agora confirmado poderá ter repercussões negativas para a economia japonesa.

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