Interior do País: O Luxo do Século XXI

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A opinião de Pedro Machado
Interior do País: O Luxo do Século XXI
26 de Dezembro de 2018
Interior do País: O Luxo do Século XXI
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Interior do País: O Luxo do Século XXI
Pedro Machado
Presidente da Entidade Regional Turismo do Centro de Portugal

O Interior do país, em particular, da região Centro de Portugal, é um produto turístico valioso e com muito futuro, estando longe de esgotar o vasto leque da sua oferta. O setor turístico tem sido decisivo para travar o avanço do despovoamento, atraindo visitantes, mão-de-obra qualificada e moradores a territórios de baixa densidade, que enfrentam problemas difíceis relacionados com o envelhecimento das populações.

Nos últimos anos, implantaram-se em algumas zonas do interior centro do país grandes unidades hoteleiras, os designados "Hotéis Destino", baseados em modelos de negócios muito competitivos, e que, em alguns casos, têm tanta ou mais notoriedade nos mercados do que a própria região. É o caso do Hotel H2O, situado na vila de Unhais da Serra, e as Casas do Coro, na aldeia histórica de Marialva.

Outro fator decisivo no combate ao despovoamento tem sido as dezenas de empresas de animação turística que têm surgido no Centro do país. Lideradas quase sempre por jovens empreendedores, que se instalaram no Interior, estas empresas dedicam-se ao chamado turismo ativo e desportivo. Também se tem verificado uma contínua estruturação de novos produtos turísticos, como o turismo religioso de raiz judaica, e que atrai pessoas de todo o mundo. Em Belmonte, por exemplo, já existem unidades hoteleiras "kosher", que respeitam as práticas judaicas no que respeita a alimentação e ao alojamento.

A gastronomia, os eventos e festas populares, o artesanato, os produtos endógenos, as tradições e o património das aldeias do interior do país, são valiosas mais-valias turísticas que atraem os visitantes que procuram experiências diversificadas, autênticas e genuínas. E o Centro de Portugal é uma região particularmente rica em Aldeias únicas, que encantam todos quantos as visitam, pela sua beleza, pelas suas histórias e pelo caloroso acolhimento das suas gentes. Sejam elas as Aldeias do Xisto, as Aldeias Históricas ou as Aldeias de Montanha, ou as centenas de aldeias espalhadas por um território que abrange 100 municípios. São projetos emblemáticos e essenciais para a valorização do património e dos recursos endógenos de alguns dos territórios de baixa densidade da região e as suas atividades têm um impacto direto e indireto muito positivo nas populações destas aldeias. Proliferam, igualmente, iniciativas de projeção nacional e internacional promovidas por municípios ou associações, cujo palco são as aldeias. É o caso do Festival Músicas no Bosque (na aldeia da Lapa dos Dinheiros), a Aldeia Natal (em Cabeça) ou do Festival Bons Sons (na Aldeia de Cem Soldos).

Apostar na genuinidade do interior do país, mantendo e conservando as suas características intrínsecas e que o torna único, ao mesmo tempo que se reforça o conforto de quem nele vive e de quem o visita, com alojamento e restauração de qualidade, é o caminho certo. Paralelamente, a criação de eventos atraentes e a divulgação pelos meios tradicionais e digitais é, hoje em dia, obrigatório.

O Turismo talvez seja a atividade que poderá mais facilmente ajudar ao desenvolvimento económico do interior do país, com um impacto direto nas economias locais, criando empresas e empregos, que são fundamentais para estancar o despovoamento. Mas tem também um também indireto, uma vez que influencia positivamente outras atividades, como a construção, o comércio ou o artesanato. Apostar na atividade turística é, pois, apostar no desenvolvimento das populações e, em última análise, do país.

A pressão do “tempo” ameaça tornar-se o nosso maior inimigo. Hoje em dia, não nos é permitido parar para pensar, refletir, criar, renovar. Mas, no interior do país, continua a ser permitido às pessoas reencontrar-se, ouvir-se, reconciliar-se e reconhecer-se. E este será, no futuro, o nosso maior luxo. Acreditamos, piamente, que este é o desígnio do Turismo em Portugal. O Interior do País será, inevitavelmente, o Luxo do Século XXI.

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