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A indústria da moda parece estar a passar pelo pior
ano da sua história.
É
o que indica o relatório "The State of Fashion 2021" (O Estado da
moda 2021) elaborado pela Business of Fashion e pela McKinsey & Company,
divulgado no evento global VOICES, conferência anual que reúne os principais
pensadores do setor à escala global. O setor registou uma queda drástica de 90%
nos lucros económicos este ano.
"Como
consequência do declínio dramático dos lucros económicos, o valor da indústria
da moda está ainda mais concentrado nos principais agentes do mercado - o setor
registou uma destruição de 60% do respetivo valor em 2019, chegando até 73% em
2020. Neste ambiente, os líderes devem desenvolver novas estratégias e ter a
agilidade para mudar as respetivas ofertas de produto", refere em
comunicado Achim Berg, sócio sénior e líder mundial da prática da indústria da
moda e do luxo na McKinsey.
De
acordo com o McKinsey Global Fashion Index, "as empresa da moda sofrerão
uma diminuição de 93% nos lucros económicos, após um aumento de 4% em
2019", devido à mudança rápida do comportamento dos consumidores e de
rutura das cadeias de abastecimento. O mesmo estudo garante que o ritmo da
recuperação irá variar de acordo com categorias de produtos, segmentos de valor
e mercados geográficos, com algumas bolsas de crescimento, apesar dos contínuos
desafios económicos. As empresas de moda focadas na aposta digital, a Ásia,
(particularmente a China), e o luxo podem ter uma vantagem competitiva.
“Embora a indústria da moda tenha passado pelo pior
ano de sempre, a pandemia também criou uma oportunidade de reinvenção e
reinício. A crise serviu de
catalisador da adoção digital e da inovação, e os consumidores tomaram
consciência da vulnerabilidade dos trabalhadores das cadeias de abastecimento.
Num mundo pós-pandemia, o sistema da moda terá de se transformar para ser
mais responsável, sustentável e humano”, explica Ignacio Marcos, sócio do escritório de Espanha
McKinsey.
Durante a crise da Covid-19, as vendas de moda
online quase duplicaram, de 16% para 29% das receitas totais. 71% dos
executivos do setor esperam que o respetivo negócio digital cresça 20% ou mais
em 2021.
O relatório traça ainda dois possíveis cenários para a
indústria da moda: o cenário de recuperação precoce que pressupõe a contenção
efetiva do vírus através da vacinação levando ao levantamento das restrições e
permitindo uma recuperação económica mais rápida com o regresso das vendas
globais de moda aos níveis de 2019 no terceiro trimestre de 2022; e o cenário
de recuperação lenta que prevê um ressurgimento periódico do vírus em
diferentes regiões do mundo, levando a novos encerramentos e restrições,
voltando as vendas globais de moda aos níveis de 2019 apenas no últimos trimestre
de 2023.
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