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Nunca como
agora se falou tanto em “estereótipos”, na necessidade de “derrubar
estereótipos”.
Na verdade,
esta caminhada já começou há alguns anos, nomeadamente nas famílias e na forma
como educam os seus filhos, e em particular as filhas. Contudo, no mundo das
marcas, de algumas marcas, parece ainda haver um longo percurso para que a
palavra “estereótipo” possa cair em desuso.
Num
exercício de memória muito simples, identifico duas marcas que têm dado o seu
contributo de forma exímia e através da publicidade. Falo da Benetton e da
Dove.
Conhecida
por ser uma marca multicultural, a Benetton sempre apostou numa linha de
comunicação que deixa bem patente as diferenças culturais entre o ser humano. E
vinco culturais pois não existem diferenças multirraciais. Há uma única raça que
tem traços culturais e de etnia diferenciados e de acordo com a força do
ambiente cultural onde o indivíduo se insere, o continente onde nasceu.
Pela forma
como se apresenta, nomeadamente ao nível das campanhas de marketing, a Benetton
é um excelente exemplo de como desde sempre quebrou a barreira dos estereótipos
e deu primazia à inclusão.
Mais
recentemente, a Dove, marca de cosmética, apostou em mulheres comuns, “normais”,
para comunicar a beleza e mostrar que a verdadeira beleza está efetivamente
naquilo que torna cada mulher, cada ser humano, único. Apelidada de “casa da
beleza real”, a marca defende que “beleza não é definida por formas, tamanhos
ou cores, mas sim por nos sentirmos como a melhor versão de nós”.
Poderia dar outros exemplos de marcas que já começaram a caminhada para
o fim dos estereótipos. Mas, prefiro preencher este espaço com sugestões de
melhoria, tanto mais porque existem setores como o da alta perfumaria onde há um
caminho longo a percorrer.
Não tenho memória de ver um anúncio da Dolce & Gabbana ou Hugo Boss,
só para dar dois exemplos, que tenha um homem ou uma mulher comum na sua
comunicação.
Bem sei que o objetivo é mostrar e comunicar que usar determinado
produto, neste caso um perfume, nos tornamos mais bonitos e atrativos, eleva a auto-estima,
melhora o humor... Mas, será que o setor não poderia também comunicar através
de homens e mulheres comuns? Mostrar com recurso ao cidadão normal que o
produto pode causar efeito emocional positivo também em quem todos os dias sai
para trabalhar, independentemente do setor de atividade, em quem não se dedica ao dolce far niente?
Sem querer criar estereótipos para o setor, a verdade é que ainda há um
caminho longo, muito a fazer, quando o tema é inclusão social.
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