53% dos colaboradores das empresas acreditam que a Inteligência Artificial (IA) vai mudar as suas funções e os setores em que exercem a sua atividade. Contudo, a aposta na formação tecnológica é ainda pouco significativa.

As conclusões são do mais recente estudo da Randstad, “Workmonitor Pulse Survey”, que afirma que apenas 13% dos trabalhadores das organizações receberam formação nesta área.

Apesar da escassa aposta na formação tecnológica dos recursos humanos das empresas, o estudo aponta que um em cada três colaboradores já utiliza ferramentas de Inteligência Artificial nas funções quotidianas.

A Randstad diz também que 52% dos trabalhadores acreditam que a IA irá melhorar as suas perspetivas de progressão profissional. Dados que demonstram que são mais os otimistas em relação à nova realidade no mercado do trabalho, do que os que demonstram receios.

Apesar do otimismo, 55% refere que “a aprendizagem e o desenvolvimento serão importantes para garantir o futuro da sua carreira”. Um quinto dos profissionais gostaria de ter acesso a formações em IA, “sendo esta a terceira oportunidade mais desejada, seguida de competências de liderança (24%) e de bem-estar e mindfulness (23%)”.

“Percebemos que cada vez mais os empregadores procuram talento com competências em IA. A nossa própria análise dos anúncios de emprego revela um aumento de 2000% desde o primeiro trimestre”, afirma em comunicado Isabel Roseiro, diretora de marketing e comunicação da Randstad Portugal.

“A IA mostra um impacto profundo na produtividade e no desempenho geral no local de trabalho. É, no entanto, fundamental que exista um equilíbrio entre as competências exigidas pelas empresas e desejadas pelos colaboradores, por um lado, e as oportunidades de formação oferecidas, por outro”, conclui.

O “Workmonitor Pulse Survey” resulta de uma análise de respostas de mais de sete mil colaboradores à escala mundial.