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Nos
primeiros dias deste mês de novembro o feed das minhas redes sociais foi
inundado por selfies que tinham como pano de fundo a Web Summit. Diria mesmo
que 100% dos visitantes vestiram, por momentos, a pele de influencers.
No
meio de tanta selfie, uma pessoa, por quem tenho enorme deferência, lançou uma
pergunta que não me foi indiferente: “Serei a única pessoa em Portugal que
nunca foi à Web Summit?”.
Pela
pessoa que é, bastante reconhecida e respeitada no seu meio, senti necessidade
de acompanhar o “desenrolar da conversa”. E, percebi que ele não estava sozinho,
que existem pessoas, cujos nomes são conhecidos da “nossa praça”, jornalistas
incluídos, que nunca foram à Web Summit.
Percebi
também que começa a haver um certo arrefecimento no entusiasmo com o evento, que
se assume como a maior Conferência da Europa em Tecnologias. Partilho desta
ideia. Afinal, ao fim de tantos anos e num registo muito semelhante, a conferência
– que se realiza em Lisboa, no Parque das Nações, desde 2016 – já não tem o “sabor”
que tinha. É certo que continua a ser a Conferência, mas começa a ficar insossa,
até mesmo para a restauração.
Se
olharmos para os números da SIBS percebemos que a maior parte das compras -
31,3% - foram em supermercados, outros 23,3% em comida e bebida, 5% nas
gasolineiras e 4,1% em moda e acessórios.
Desculpem
a minha falta de entusiasmo com a Web Summit. Reconheço a sua importância, mas
ao fim de tantas edições a “fórmula Lisboa” tem de ser reinventada, até porque
há o compromisso de ambos os lados em manter a conferência em Portugal até 2028.
Então,
porque não sair da zona de conforto e promover outras cidades portuguesas,
cujos espaços, equipamentos e acessibilidades são muito semelhantes à capital?
Porque não aproveitar a projeção que a Web Summit ainda permite e levar a
conferência por exemplo para o Porto, ou para Aveiro, ou mesmo para Faro ou
outra cidade algarvia? Porto e Faro têm infraestruturas, aeroporto incluído.
Aveiro, localizada a meio caminho dos aeroportos do Porto e de Lisboa, tem
comboio e está dotada de boas infraestruturas, além de que é há muito a cidade portuguesa
laboratório de tecnologia vivo.
Acredito
que melhorando e replicando para fora da cidade a “fórmula Lisboa” a
Conferência irá permitir que novos nómadas digitais, quadros técnicos
especializados descubram um País com um ambiente único de diversidade, inclusão
e qualidade de vida.
É
certo que Carlos Moedas, presidente da Câmara de Lisboa, partilhou que tem o
sonho de ver a capital portuguesa como “a capital mundial da inovação”, que
prometeu fundar, com a ajuda da Web Summit, uma “fábrica de unicórnios” já a
partir de 2022. Mas também é certo que lançou o repto: “O que quer que
façam da vida, o que quer que seja o vosso projeto, sonhem em grande e
mergulhem nos detalhes”.
E,
porque são os detalhes que fazem a diferença, eu, humilde cidadão, aqui deixo a
minha sugestão: Web Summit sim, mas com a “fórmula Lisboa” a ser transferida
para outras cidades do País.
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