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As marcas foram multadas num total de 157 milhões de euros por fixarem os preços de revenda dos seus parceiros retalhistas.
A União Europeia multou as marcas de luxo Gucci, Chloé e Loewe num total de 157 milhões de euros por práticas anticoncorrenciais relacionadas com a fixação de preços de revenda junto dos seus parceiros retalhistas.
De acordo com a Comissão Europeia, as três empresas “interferiram nas estratégias comerciais dos seus retalhistas, impondo restrições como limites máximos de desconto, períodos específicos para promoções e a proibição de se desviarem dos preços de venda recomendados”.
A Kering, grupo francês proprietário da Gucci, foi responsável pela maior parcela da multa, no valor de 119,7 milhões de euros. A Chloé, detida pelo grupo Richemont, recebeu uma coima de 19,7 milhões, enquanto a Loewe, pertencente à LVMH, foi multada em 18 milhões de euros.
Reações das empresas
Em comunicado, citado pela Reuters, a Kering afirmou que o processo foi encerrado “na sequência de um procedimento de cooperação com a Comissão Europeia” e que o impacto financeiro “já foi refletido nos resultados do primeiro semestre de 2025”.
A Loewe também confirmou o acordo e garantiu que continuará a operar “em estrita conformidade com as leis da concorrência”. Já a Chloé declarou levar o caso “extremamente a sério” e que reforçou as suas medidas de conformidade interna desde o início da investigação, em 2023.
Pressão crescente sobre o setor do luxo
Segundo a Comissão, estas práticas restringiram a liberdade dos retalhistas na definição de preços, reduzindo a concorrência e protegendo os canais de venda diretos das próprias marcas.
Nos últimos meses, outras casas de moda - entre as quais Armani, Dior, Loro Piana e Tod’s - têm igualmente sido alvo de investigações, nomeadamente por alegados abusos laborais nas cadeias de abastecimento. Além disso, recentes violações de dados de clientes agravaram o escrutínio regulatório sobre o setor.
As sanções reforçam o crescente controlo europeu sobre a indústria de luxo, tradicionalmente marcada por práticas comerciais exclusivas, mas agora obrigada a reforçar a transparência e o cumprimento das regras da concorrência.
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