Greves da Ryanair: qual o seu impacto para a marca?

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Companhia aérea vive situação conturbada
Greves da Ryanair: qual o seu impacto para a marca?
10 de Agosto de 2018
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A Ryanair é mundialmente conhecida pelas suas propostas de preço tentadoras que motivam um grande número de consumidores dos mais variados países a escolher a companhia aérea para realizarem as suas viagens. Porém, a situação não tem andado favorável para a empresa irlandesa: uma enorme vaga de greves dos trabalhadores da companhia tem paralisado voos a nível internacional, o que tem uma clara influência na confiança que os clientes nutrem pela marca.

Exemplo disso foi a greve dos tripulantes de cabine que teve lugar nos dias 25 e 26 de julho e que teve grande repercussões ao nível do tráfego aéreo em Portugal. Só em território nacional, foram cancelados 30 dos 51 voos previstos para o primeiro dia de greve, enquanto dia 26 a taxa de cancelamento de voos da Ryanair era de 70%, avança o jornal Público.

Foram inúmeras as pessoas impedidas de iniciar as férias na altura pretendida, havendo muitas outras que foram impossibilitadas de regressar a casa e retornar ao trabalho ou que tiveram que pagar por novos voos para voltar à sua cidade de origem. E surge aqui um dos principais problemas que estas greves colocam à Ryanair: ao venderem um serviço que, posteriormente, não é disponibilizado aos compradores, a confiança na marca sairá afetada.

E que tipo de consequências pode tal quebra na confiança da marca resultar? Como explica ao Imagens de Marca Pedro Veloso, especialista em branding e cofundador e CEO da Wisemix, depois de sermos alvo de uma falha por parte da empresa, ponderaremos seriamente se é mais vantajoso voltar a comprar bilhetes para viajar na Ryanair, por serem na generalidade mais baratos, ou se será preferível escolher outra companhia aérea para realizar a viagem. E nem mesmo as indeminizações, que só nos dois dias de greve já mencionados poderiam significar um custo de aproximadamente 30 milhões de euros para a empresa, de acordo com o Jornal de Negócios, poderá reduzir a insatisfação dos seus clientes, visto que o seu objetivo era mesmo viajar naquele preciso momento, algo que ficou inviabilizado.

E de que forma se espera que a Ryanair gira toda esta situação e resguarde a imagem da sua marca? Quando questionada relativamente a este assunto, Andreia Cunha, gestora de marketing da Ryanair em Portugal, salientou que neste momento a Ryanair não está “a tecer comentários relativos a marketing ou eventuais impactos em termos de imagem de marca”. Mas, na verdade, a estratégia da marca foca-se principalmente numa gestão do seu negócio de acordo com a proposta de valor por ela apresentado, sendo a gestão da marca descurada e delegada para um plano secundário e sendo o volume de negócios alcançado o seu foco principal.

Mas, na opinião do especialista, para que seja possível manter ou até mesmo restabelecer a confiança dos clientes na companhia aérea, a Ryanair terá que passar a apresentar um posicionamento totalmente diferente, continuando, no entanto, a inserir-se no mercado das companhias low cost: “Terá que fazer por ganhar a confiança dos clientes, terá que fazer a entrega dos serviços. Talvez seja necessário investir, para ser competitiva, para ter lucro. Basicamente, tudo aquilo que não fizeram até agora”. Porém, tal depende da disponibilidade que a empresa apresenta para fazer uma mudança deste género e o total distanciamento que continuam a ter com os clientes indicia que tal é improvável.

Porém, existe uma razão muito simples que poderá fazer com que a quebra nas vendas da low cost irlandesa não seja muito significativa. Acontece que os viajantes que escolhem a Ryanair para viajar fazem-no devido à proposta de valor bem definida que a empresa apresenta no mercado, baseada no preço baixo dos seus serviços e que a distingue de todas as outras companhias de aviação. E apesar de toda a imprensa negativa que tem sido difundida em relação à companhia irlandesa e de todo o descontentamento que as paralisações têm gerado nos clientes, no final de contas os voos “vão estar cheios à mesma e mesmo que tenham que baixar ligeiramente o preço dos bilhetes vão continuar a vendê-los e as pessoas vão continuar a andar lá”, aponta Pedro Veloso, porque as pessoas que procuram sempre o preço mais reduzido continuarão a considerar a Ryanair como sendo a solução mais em conta.

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