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A tecnologia é uma coisa, a vida real é outra, é o que se constata diariamente nas organizações. De um lado estão aplicações desenvolvidas com base em inteligência artificial, que cruzam dados em tempo real e aprendem as interações e do outro estão pessoas reféns de hábitos enraizados que replicam sem questionar.
Vamos a um exemplo aplicado à gestão de projetos e produtividade. De um lado temos pessoas que trabalham com listas anotadas em moleskines, em que colocam em bullets as tarefas que têm que fazer. Terminam uma, riscam e passam para a seguinte. O critério é muitas vezes o “first come, first serve”, sem análise crítica e sem foco nos resultados. De repente, alguém liga a dizer que determinada tarefa é urgente e eis que a que estava em terceiro da lista sobe para primeiro.
Do outro lado temos uma aplicação como o Trello, que é uma das ferramentas colaborativas mais eficientes que existem atualmente e que permite gerir as várias fases de um projeto e respetivas tarefas de forma intuitiva organizadas por quadros.
Estas duas formas de gestão de projetos muitas vezes coexistem dentro das organizações e até dentro de equipas. A meu ver nenhuma é melhor que a outra se o mindset de quem as utiliza não tiver foco em resultados.
De que serve usar um Trello, mapear tudo, criar projetos altamente otimizados se depois o resultado do projeto não trouxer qualquer retorno? E por outro, o tradicional listar de tarefas num moleskine pode ser altamente eficiente se o mindset estiver orientado para os resultados (outputs) dessas próprias tarefas e refletirem não a tarefa em si, mas o que é prioritário, as sinergias que têm que ser criadas, as pessoas que têm que ser envolvidas.
Quer o Trello quer o Moleskine são apenas metodologias para chegar a um resultado e não o resultado em si mesmo. Quando o foco está no resultado e não na tarefa, não interessa se estamos a utilizar a última tecnologia ou um método tradicional. E o que define hoje em dia um bom profissional de marketing é precisamente a diferença dos resultados que produz. Alguém que tem a capacidade de entender os resultados esperados e especificar o que deve ser entregue, prazos e valor que aporta à organização. A seguir o foco está na racionalização das tarefas e na redução de custos com o objetivo de atingir um determinado fim.
Só através de um mindset orientado para os resultados (results driven) e não para as tarefas (task oriented) é que é possível inovar, ou seja, fazer diferente para produzir resultados melhores que os de referência. E quando este alinhamento para os resultados existe, a tecnologia e a inovação sincronizam-se!
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