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É um dia triste para o
mundo da publicidade. Faleceu aquela que era considerada como uma das maiores
profissionais de sempre do setor em Portugal.
Foi em 1986 que Rosalina Machado se tornou presidente da
Ogilvy & Mather Portugal e, em simultâneo, a primeira mulher portuguesa
presidente de uma multinacional e a primeira em todo o mundo a dirigir os
destinos de uma sucursal da Ogilvy.
Assumindo-se como uma líder nata e uma mulher de negócios, o
seu legado para história da publicidade em Portugal ficará para sempre ligado
ao pioneirismo e emancipação feminina, bem como ao nascimento e crescimento da
Ogilvy no território nacional. Recorde-se que Rosalina liderou a organização
durante duas décadas, tendo assumido o cargo de chairworman nos seus últimos
quatro anos de ligação à empresa. Em 2009 acabou por vender a sua participação
para abraçar um novo desafio na sua vida: a restauração.
Em 2014, em entrevista ao Imagens de Marca para uma
reportagem sobre as transformações que ocorreram no mercado publicitário após a
Revolução do 25 de Abril, Rosalina Machado, que fundou a sua própria agência, a
DC3, em pleno Verão Quente, recordou esses tempos de inocência da publicidade:
“A partir do 25 de abril as fronteiras alargaram-se e as pessoas começaram a
viajar, começaram a ver e a aprender. Vieram alguns bons profissionais do
Brasil que marcaram a nossa publicidade. Começámos a transmitir mais a
realidade dos nossos dias, que era muito mais próxima daquilo que se passava no
exterior. (…) Havia cor, mas era uma cor mais agressiva. Os story boards eram
todos feitos à mão. Hoje, nalguns casos, eles são mais desumanizados.
Recordo-me que para nós fazermos uma campanha os criativos estavam por vezes
noites seguidas para apresentar uma campanha ao fim de 10 ou 15 dias. Mudou
muito”.
Segundo Francisco Costa, diretor de serviço a clientes da
BAR Ogilvy, que trabalhou mais de uma década com Rosalina até esta deixar a
empresa, Rosalina “deixava, em tudo o que fazia, um sorriso, uma felicidade,
uma alegria contagiante. Marcou, várias gerações de publicitários, com a sua
atitude positiva, com a sua profunda honestidade e a certeza que as empresas
são pessoas. Pessoas que ela apoiava, incentivava e ajudava mesmo fora do
universo profissional. Rosalina Machado sabia que a felicidade é o bem mais
valioso de uma empresa”, afirmou o responsável em comunicado.
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