Os cidadãos mostram-se menos exigentes do que há umas semanas. É isso que, pelo menos, indica um estudo realizado na Alemanha pela Mediaplus. A vontade de exigir um forte compromisso social às marcas caiu nas últimas semanas de 49% para 45%. Se no início de abril cerca de 62% dos consumidores considerava que as insígnias de referência deveriam proporcionar aos clientes ofertas de natureza local, agora essa percentagem é de 57%. No mesmo sentido, apenas 37% reclama às marcas mais e melhores serviços deslocalizados.

Nas últimas semanas observa-se também uma diminuição na confiança que o consumidor deposita nas marcas. Em princípios de abril 36% dos consumidores dizia ter mais confiança nas marcas sólidas e tradicionais em tempos de crise. Agora a percentagem cai para 32%. Neste momento 31% dos consumidores apoia-se nas marcas como forma de sentir mais confiança e proximidade. Há seis semanas esta proporção era substancialmente mais elevada (36%).

Ainda assim, mesmo que as exigências do consumidor tenham diminuído, isso não significa que elas tenham acabado. 61% acredita que as marcas deveriam responder de forma mais adequada às suas necessidades. O preço (74%) e a qualidade (82%) são aspetos que continuam a ser muito relevantes aos olhos da população.

Ansioso por voltar à “normalidade”, o consumidor mostra-se atualmente menos disponível para assistir a publicidade relacionada com o tema Covid-19. O apoio a este tipo de campanhas e anúncios caiu de 19% para 12% na última semana. Com o alívio das restrições, após a quarentena obrigatória, a dependência do consumidor face às redes digitais para adquirir produtos de  primeira necessidade também tende a reduzir-se. De acordo com este estudo, a grande maioria dos inquiridos opta pelas habituais lojas físicas na hora de comprar alimentos e bebidas.