A inteligência artificial tem sido o principal motor de crescimento dos mercados financeiros nos Estados Unidos, com destaque para o Nasdaq 100 e empresas como a Nvidia, cujas ações valorizaram mais de 1.000% desde o lançamento do ChatGPT, em outubro de 2022. No entanto, este fenómeno ainda não se refletiu com a mesma intensidade na Europa.

Segundo um comunicado da XTB enviado às redações, “a Europa precisa de identificar os seus próprios vencedores na era da IA: não apenas em software e chips, mas também em energia, infraestrutura e serviços.” A corretora financeira considera que o continente tem uma oportunidade estratégica para se afirmar nesta nova revolução tecnológica.

A crescente utilização da IA implica um consumo massivo de energia e exige infraestruturas físicas de grande escala, salienta ainda, acrescentando que os centros de dados que suportam modelos como os da Microsoft ou os chips da Nvidia requerem sistemas de refrigeração avançados, redes elétricas estáveis e acesso a eletricidade renovável em larga escala.

Neste contexto, a corretora sublinha que a Europa destaca-se pela sua capacidade instalada de produção de energia verde, pelas empresas de construção especializadas em infraestruturas críticas e pelas companhias de engenharia que automatizam processos industriais. Além disso, o continente conta com “campeões tecnológicos que fornecem software estratégico ou semicondutores”, refere a XTB.

A cadeia de valor da IA não depende apenas dos fabricantes de chips, mas também de fornecedores de eletricidade e espaço físico para os supercomputadores. A XTB sublinha que “a Europa conta com importantes empresas cotadas em bolsa, permitindo aos investidores ganhar exposição a esta tendência sem sair do continente.”

Esta visão aponta para uma nova rota de crescimento europeu, onde setores tradicionalmente menos associados à tecnologia — como energia e construção — podem assumir um papel central na era da inteligência artificial.