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A maior parte das grandes empresas desperdiça dinheiro nas suas ações de marketing, deixando de fora redes sociais como o Facebook ou o Instagram. Ou porque não acreditam que o seu público alvo esteja lá ou porque talvez considerarem que estas redes sociais estão “cheias de putos”. Mas na verdade estamos a viver a maior revolução de sempre na comunicação, e todas as pessoas estão nos seus telefones.
Creio que muitas empresas ainda não adaptaram a sua comunicação às plataformas digitais, tal como no passado (longínquo) não adaptaram a publicidade que tinham da rádio para a “nova” televisão. Hoje em dia ainda assistimos a muita publicidade online que se resume à cópia das peças preparadas para televisão, chegando a ter legendas para “ouvir” a voz-off.
O mundo mudou mais rápido que os profissionais de marketing, havendo um desequilíbrio de forças entre quem consome e produz conteúdo. Enquanto os utilizadores têm a capacidade natural de adaptar a sua interação com novas plataformas digitais, os profissionais de marketing ainda precisam de adquirir um conhecimento mais profundo para desenvolver e criar estratégias consistentes. Assisto a vários profissionais de comunicação a confundir a sua persona de consumidor com a de profissional, mostrando alguma dificuldade em distanciar-se para criarem estratégias de comunicação só para os novos meios digitais. Numa possível analogia: “ser um bom condutor de automóveis, não significa perceber de mecânica”.
Mas nem tudo está perdido, e podemos minimizar o facto de termos nascido antes de haver internet. Assim, gostaria de partilhar algumas dicas sobre a forma de comunicar no digital e para tornar a comunicação um pouco mais fácil.
WEBSITE – A Galinha da Vizinha e Conteúdo
Para não criar falsas expectativas, deveremos sempre assumir que a maior parte dos utilizadores, 99,99%, NUNCA ESTÁ no nosso website. Também não devemos comunicar que lançámos “o novo website” porque é irrelevante, ou que estamos em “em construção”, pois pode ser a nossa condenação para alguém voltar. Também sugiro algum cuidado em criar áreas sensíveis a datas, por exemplo “notícias”, se não tivermos a certeza que a vamos desenvolver com bastante conteúdo.
Exemplo de uma área com vários conteúdos sem dependência da data de publicação
Relativamente ao conteúdo, devemos criar condições internas para produzir bastantes artigos (Blog), PDFs, Client Cases, etc, etc. atraindo assim os utilizadores. Tirando a concorrência ou job seekers, são poucas as pessoas que vão explorar o nosso website, só porque sim. Por isso, devemos desenvolver estratégias de Inbound Marketing (ter conteúdo para atrair) e focar a comunicação para seduzir em 7 segundos.
LINKEDIN – Alcance Orgânico
O alcance orgânico do LinkedIn é muito alto e anunciar nesta rede social é mais caro do que no Facebook, Instagram ou Twitter, havendo a necessidade de encontrar a melhor forma de criar e distribuir conteúdo sem pagar.
Se é alguém que envia muitos e-mails, adicione o seu perfil do LinkedIn à sua assinatura de e-mail. É uma maneira rápida de obter mais exposição para o seu perfil, conseguindo obter mais seguidores e potencializar o alcance orgânico.
Deve também fazer uma pesquisa de #hashtags relevantes no LinkedIn para encontrar os principais posts do seu nicho. Depois, adicione comentários nessas publicações e repita o processo 50 vezes dia. Assim começará a construir a sua comunidade.
Pesquisa de hashtags no LinkedIn
FACEBOOK e INSTAGRAM – Snack Byte Content / Segmentação
Formas para segmentar o mercado.
Se alguém me tentasse vender Nutella com conteúdo relacionado à tecnologia, eu estaria interessado. O mesmo se aplica aos consumidores em geral, pois sabemos que as marcas têm mais probabilidades de obter uma reação ao criar conteúdo específico para os interesses de seus segmentos de mercado. Mas esta abordagem aumenta o custo da publicidade e isso assusta as empresas pouco confiantes ou com orçamentos reduzidos. No fim do dia, acabam por apostar em pouca segmentação, e consequentemente, mensagens demasiado abrangentes, o chamado “pão com manteiga”
Resumindo, criar muito conteúdo de curta duração com mensagens segmentadas. E genuíno.
YOUTUBE – O Gigante esquecido
Tirando grandes marcas de consumo, não se vê muita publicidade no YouTube de empresas portuguesas. Aliás, na maior parte das vezes assisto a anúncios que não são para mim, porque alguém simplesmente não configurou a devida segmentação. Isto leva-me a carregar no “Skip Ad” na maior parte das vezes.
No entanto, não podemos ignoram a capacidade do YouTube estar associado às pesquisas do Google e conseguir que os primeiros segundos do anúncio (Pre Roll) sejam mágicos e captem a atenção.
Quando se trata de vendas, o Google AdWords é um produto incrível, e apesar de hoje em dia já ser caro, ainda continua a ser uma das melhores formas de indexar a pesquisa a conteúdo. Assim, eu diria que vale a pensa olhar para o YouTube de forma mais séria.
Resumindo, precisamos de Digital Native Marketing Professionals.
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