Era uma vez uma grega, a Amália e o Rui Veloso

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A opinião de Frederico Roberto
Era uma vez uma grega, a Amália e o Rui Veloso
29 de Setembro de 2020
Era uma vez uma grega, a Amália e o Rui Veloso
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Era uma vez uma grega, a Amália e o Rui Veloso
Frederico Roberto
Director Criativo da Publicis.Poke em Londres

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Este texto podia começar assim em jeito de fábula ou como anedota “Uma grega, um português e uma portuguesa entram num bar…”. Em qualquer dos formatos a moral da coisa é a mesma. Por isso deixo os caros leitores popularem as linhas abaixo como bem desejarem.

 

Desde que me mudei para Londres há já quase 8 anos que, obviamente, vejo Portugal com outros olhos. Sou muito crítico das coisas que acho que são de um provincianismo fofinho mas pouco eficiente e – no que toca à nossa área – à falta de atenção em muitos detalhes que se contam nas nossas histórias publicitárias. Mas também sou o primeiro bastião da Portugalidade na capital inglesa. Acho que não deve passar dia em que não exalte o que de melhor temos no nosso cantinho europeu. Bom, mas vamos ao tema desta exposição.

 

Tenho a sorte de ter como parceira de vida uma grega. Nos últimos 4 anos tenho, obviamente, aprendido muito sobre a cultura, a língua, as tradições e o modo de vida dos gregos. Para minha surpresa, são muito mais parecidos a nós lusitanos, em todos os seus costumes e dinâmicas familiares e sociais, do que italianos, franceses e mesmo espanhóis. Quando se pensa que não São latinos nem sequer católicos-romanos, isto constitui de facto algo inusitado.

 

Como referi acima, tento sempre ser um campeão do nosso país e, claro, tenho dado a conhecer tudo o que posso e lembro sobre Portugal à Vera (nome tão pouco grego hein?). Desde pastéis de nata, às nossas praias, comidas, filmes e histórias além-fronteiras do nosso tempo colonial (com tudo de bom e mau que teve), ela já quase que podia ser uma cidadã portuguesa de pleno direito. Até já fala a nossa língua! Melhor do que eu grego.

 

Claro está que, quando chega à música, também leva com aquilo que acho que Portugal tem ou teve nos últimos 75 anos. E este é um pequeno resumo: acha piada aos Xutos, é indiferente aos Delfins, adora Madredeus (ao que parece são famosíssimos na Grécia), não gosta muito de Sérgio Godinho, curte de António Variações, detesta Moonspell, entre muitos outros. Deixei os nomes do título para fim: acha a voz da Amália algo do outro mundo (apesar de não conseguir ouvir mais de meia-hora, pois diz ‘que a deixa muito em baixo. Vocês portugueses sofrem muito’. E, não pode com Rui Veloso. Aqui fiquei ofendido, devo admitir. “Como assim não gostas do Pai do Rock Português?”. Tentei de tudo; as melhores baladas, as melhores rockalhadas, algumas bluesadas. Nada funcionou. Não entrou. Ok. Não tem mal. Não chega para nos separarmos.

 

Acima de tudo, estar longe e ter uma namorada estrangeira fez-me valorizar aquilo que faz de nós, nós. Aquilo que temos de tão único. Aquilo que encanta os de fora. E esta para mim tem sido não só uma grande lição de vida, como um relembrar dos fundamentos da comunicação criativa publicitária. Um dos meus 5 pilares de como procurar por ideias fantásticas: olhemos mais para as nossas marcas, a equidade e o mundo construído ao longo dos anos pela comunicação dos clientes. É rico, é vasto, está cheio de oportunidades para ser revisitado, expandido, recontado. Desde jingles, ao logo, às cores, a embaixadores, textos, taglines, etc, tudo o que pertence ao mundo da marca ou produto que estamos a trabalhar pode e deve ser utilizado. Sejamos mais ‘ad nerds’ como o Anselmo Ramos sempre diz. Estudiosos da publicidade. Cromos da cena. Só nos faz bem.

 

Querem um exemplo de algo que a Budweiser fez com o seu logo? Vejam este case-study e até ao próximo trimestre.

 


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