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A União Europeia, especialmente os países mediterrâneos, tem enfrentado uma série de desafios com a travessia ilegal de fronteiras. A necessidade de fortalecer a segurança fronteiriça para controlo de migrações e, sobretudo, no combate ao crime que ocorre nestas travessias, levou a que a União Europeia financiasse em quase 10 milhões de euros o projeto SUNNY, que envolveu 16 entidades a nível europeu e que desenvolveu uma rede de sensores inteligentes que são transportados a bordo de aeronaves não tripuladas.
Estas aeronaves, denominadas UAVs (Unmanned Aerial Vehicles) ou RPAS (remote piloted aircraft systems), têm como função patrulhar áreas fronteiriças que, no caso do SUNNY, são sobretudo relacionadas com o ambiente marítimo.
Atualmente, as aplicações que existem para este fim envolvem apenas uma aeronave isolada e com sensores que não são processados a bordo. Ao contrário, o SUNNY prevê o processamento de informação, a utilização de múltiplas aeronaves em conjunto no patrulhamento, um sistema de deteção, identificação e classificação automático, comunicações redundantes, ar-ar, ar-terra, um centro de comando e controlo único e aeronaves com voo autónomo com capacidade de integrar a perceção no loop de controlo. Quer isto tudo dizer que o SUNNY é capaz de alterar o comportamento sensorial, de processamento ou trajetória das aeronaves, de forma automática, sem intervenção humana e em função do fenómeno que está a ser observado.
O sistema foi todo demonstrado em ambiente real com sucesso e os sensores e robôs desenvolvidos no âmbito do projeto estão já a ser comercializados pelos respetivos parceiros do projeto. No entanto, existem ainda uma série de constrangimentos à utilização de aeronaves não tripuladas na legislação de voo, o que faz com que ainda não seja possível utilizar um sistema tão complexo como o do SUNNY sem qualquer tipo de restrições.
Com um custo total de 13,9 milhões de euros, o SUNNY foi financiado em 9,5 milhões de euros pela Comissão Europeia, no âmbitodo programa de investigação e desenvolvimento FP7.
Coordenado pela BMT Group (Reino Unido), para além dos três parceiros portugueses já referidos, o projeto SUNNY contou com a participação dos holandeses da MetaSensing, dos belgas da XENICS, da TECNALIA e da TTI Norte (Espanha), dos gregos da Technical University of Crete, do KEMEA, do National center for scientific research “Demokritos” e Altus LSA Commercial and Manufacturing, da SPECIM (Finlândia), Vitrociset, Consorzio Nazionale Interuniversitario per le telecomunicazioni eLeonardo – societa per azioni, e da Marlo (Noruega).
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