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Pesquisa
A evolução tecnológica e a inteligência artificial vieram colocar em cima da mesa o receito da perda do carácter humano da nossa existência. Pelo menos é assim que 64% dos portugueses olha para como o Homem deve ser no futuro: mais humano.
O estudo “Em que futuro querem os portugueses viver?”, da Ipsos Apeme, revela que 67% dos portugueses se diz curioso quanto ao futuro e a maioria mostra sentimentos de otimismo.
Já no que toca a ficção, o estudo, realizado para assinalar o 30º aniversário da Ipsos Apeme, revela que “The 100”, “Blade Runner”, “Interstellar” e a série “Black Mirror” lideram o ranking dos filmes, séries ou documentários que mais marcaram os portugueses quanto ao imaginário sobre o futuro.
A sustentabilidade e a saúde são também preocupações do futuro para os portugueses, assim como a obsessão de “ser feliz”. Talvez por isso, há quem sinta a vontade “de fuga” para fora da cidade e para dentro de si-mesmo. Mais de 1/3 da amostra adere à possibilidade de “novos espaços detox e de introspeção na cidade” e 60% à de “mudar para o campo porque há veículos autónomos partilhados”.
Apesar da oferta religiosa no espaço urbano ser diversificada e múltipla, a bricolagem espiritual tende a distanciar-se das fés tradicionais e a aproximar-se de crenças New Age, do budismo, do yoga e de outras terapias. Esses “espaços-outros” que se desejam são mais próximos dessa estética.
Num país em que 23% da população se encontra “em risco de pobreza ou exclusão” e onde a desigualdade se agravou na última década, o pensamento de futuro nos workshops realizados integrou constantemente o raciocínio da justiça social e da redução da incerteza. Esses receios confirmam-se nos números: a preocupação com a “vida longa mas sem qualidade” (34%), a “solidão” (19%) ou a “perda de empregos” (19%) são simbólicas dessa descrença numa evolução tecnológica que seja democrática.
Já a preocupação social evidente, a perspetiva de redução de qualidade de vida em consequência da insustentabilidade já consegue ser o maior receio num horizonte de 10 a 20 anos.
Ao Imagens de Marca, a Ipsos Apeme refere que a ideia com este estudo não é “prever o futuro” mas sim “pensar, refletir e questionar”. O estudo, que contou ainda com uma componente exploratória, qualitativa e quantitativa, foi dado a conhecer durante o 30º aniversário da Ipsos Apeme, evento que partilhou os 30 anos de evolução, conhecimento e acompanhamento do mercado português e internacional.
“São 30 anos sentidos com otimismo, desejo de mudar e acima de tudo com muita vontade de continuar a fazer aquilo que gostamos”, refere Marina Petrucci, CEO da Ipsos Apeme. “Tem sido uma viagem de descoberta, à procura de novos significados, interpretações e tendências, sempre com a curiosidade máxima de compreender a sociedade e o consumidor português”, acrescenta a responsável.
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