São resilientes, adaptáveis e sociáveis. Os SuperAgers têm 80 anos, mas aparentam uma memória de 50 anos. Os cientistas estão a estudar esta franja da sociedade para perceber como é possível atingir esta idade cognitiva.

É um termo relativamente recente e foi lançado nos EUA. A investigação demonstra que há uma pequena parte da população que tem conseguido escapar ao envelhecimento cerebral mantendo a sua memória relativamente intacta, de acordo com os exames cerebrais: são os chamados SuperAgers.

A maioria de nós teme o declínio da função cognitiva o que implica, por exemplo, a perda de memória ou de concentração. Mas para algumas pessoas, à medida que vão envelhecendo, o seu cérebro não envelhece. 

“Tem existido esta noção de que o envelhecimento cognitivo é inevitável, e que a única coisa que pode acontecer é o desempenho da nossa memória diminuir à medida que envelhecemos. Embora isso possa ser verdade, há pessoas que estão a viver durante muito tempo e a viver muito bem”, refere Emily Rogalski, diretora da  SuperAging Research Initiative à revista online Fortune.

Os SuperAgers são pessoas com 80 ou mais anos e que mantêm capacidades de memória consistentes, comparáveis a pessoas de 50 ou 60 anos.

Embora os investigadores não tenham sido capazes de calcular com precisão quantos SuperAgers vivem entre nós, a característica é relativamente rara. Menos de 10% das pessoas estudadas que pensavam ter memórias fortes cumpriram os critérios de SuperAgers, que se concentra essencialmente no tamanho do seu cérebro.

Então como manter um cérebro saudável? Os cérebros dos SuperAgers encolhem a um ritmo mais lento do que os dos seus pares da mesma idade, especificamente mantendo o volume em áreas associadas à memória e ao foco. É também mais espesso do que os dos seus pares, o que significa que contêm mais neurónios.

“Mantenha-se envolvido com a vida e desafie o seu cérebro. Os nossos cérebros gostam de coisas novas e inovadoras. Novas aprendizagens e interações são importantes e essenciais. Vemos que os SuperAgers tendem a ser bastante resilientes e adaptáveis, pelo que estar aberto a novas oportunidades é uma característica deste grupo”, explica Rogalski.

Uma geração ainda por descobrir que mantém relações fortes, já que o isolamento social e a solidão são fatores de risco no que toca às doenças cardíacas e mortalidade precoce.