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Pesquisa
Os consumidores demonstram um cada vez menor grau de fidelização com as marcas a longo-prazo. Esta foi uma das principais conclusões retiradas do estudo Nielsen Global Consumer Loyalty Survey 2019, que mostrou que 89% dos consumidores portugueses assume gostar de comprar e experimentar novas marcas e produtos.
Tendo abrangido mais de 30 mil utilizadores de internet em 64 países, o estudo revela que quase metade dos portugueses afirmam até que é agora mais provável que experimentem novas marcas do que há 5 anos.
“As relações a longo-prazo são cada vez mais difíceis de conquistar. Segundo o estudo ShopperTrends, da Nielsen, os portugueses são dos mais ‘Brand Switching’ da Europa. Neste novo paradigma, as marcas necessitam de criar relações fortes e de permanecer no top of mind dos consumidores, que diariamente são aliciados por novas tendências, produtos e marcas”, refere em comunicado Ana Rei, Consumer Insights Leader da Nielsen.
De facto, o estudo mostra que a disseminação da informação, o fator “experiência” e o alargamento das escolhas disponibilizadas leva a que os consumidores cada vez mais procurem produtos originais, de nicho e que lhes ofereçam valor acrescentado. Este ambiente de expetativa encontra-se a conduzir os consumidores a experimentar novos produtos, serviços e experiências.
São várias as razões que podem levar o comprador a decidir experimentar ou trocar para uma nova marca. Em Portugal, a relação custo-benefício destaca-se claramente, com metade dos consumidores a afirmar que esta variável influencia sempre a sua decisão por uma nova marca. As promoções e reduções de preço, as recomendações, a qualidade, a conveniência e os benefícios associados são outras das características que promovem a experimentação de novas ofertas.
De acordo com este estudo, a importância da marca difere entre categorias, impactando a lealdade do consumidor. No processo de decisão de compra, a escolha da marca adquire maior relevância em categorias como as bebidas alcoólicas, o café, o chá ou os produtos para o cabelo e para a pele, mostrando-se menos importante na compra de produtos frescos, snacks salgados ou produtos de papel, entre outros.
De acordo com os resultados obtidos, os consumidores mostram-se cada vez mais conscientes e interagem com um maior número de marcas, o que põe à prova a capacidade de engagement e alcance das mesmas. É por isso crucial que as marcas consigam oferecer novidade e possibilidade de escolhas enquadradas nos interesses dos seus targets, para conseguirem sobreviver e manter os seus clientes fidelizados.
“A deslealdade é o novo normal. O efeito da procura do consumidor por mais variedade, pela melhor relação qualidade-preço e por mais benefícios (via qualidade, sustentabilidade e conveniência) lança novos desafios aos marketeers. Há que acompanhar estas novas tendências ditadas pelo mercado para poder voltar a ambicionar uma maior lealdade junto deste shopper, que se tornou desleal por natureza”, aponta Ana Rei.
Já os Millennials, que privilegiam a novidade, estando mais abertos a novas tendências e conceitos criativos, revelam uma apetência particular por experimentar novas marcas e produtos, com mais de metade destes consumidores desta geração (52%) a afirmar ter este tipo de comportamento, condicionado essencialmente pela procura da qualidade e da conveniência.
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