O mercado terá de conciliar o crescimento da Inteligência Artificial com as novas regras da União Europeia.

A Elife, empresa especializada em inteligência de mercado e gestão do relacionamento digital com o consumidor, antecipou 10 tendências digitais que vão marcar o marketing e a comunicação em 2026.

De acordo com um comunicado de imprensa da empresa, a revolução digital atual, com o surgimento diário de novas plataformas e soluções tecnológicas, exige que marcas e profissionais adotem estratégias disruptivas e adaptadas às mudanças de comportamento do consumidor e à regulamentação europeia.

Entre as tendências apontadas estão transformações nos canais digitais: o TikTok torna-se motor de busca e plataforma de compras, enquanto os Canais do WhatsApp funcionam como murais públicos para marcas, permitindo comunicação direta, personalizada e com elevado alcance. O pagamento e pedidos de reembolso dentro de conversas no WhatsApp e Instagram, com transferências instantâneas, também ganham relevância, simplificando a experiência do utilizador.

A integração entre humanos e robôs é outra aposta: os sistemas multiagente, combinando Inteligência Artificial e equipas humanas, permitem atender e resolver casos do início ao fim, com registos auditáveis que cumprem o AI Act, a lei europeia da IA que entra em vigor em 2026.

A transparência será reforçada pela Lei dos Serviços Digitais (DSA), que obriga plataformas e marcas a clarificar conteúdos, publicidade e recomendações, protegendo utilizadores, especialmente menores. A medição de resultados também muda: os anúncios passam a ser avaliados de forma agregada, sem rastreio individual, recorrendo a métodos estatísticos como a Attribution Reporting API da Google.

Outras tendências incluem o uso da voz na comunicação integrada, com chamadas registadas dentro das conversas e ligadas a sistemas de gestão de clientes, e a crescente importância do Livro de Reclamações Eletrónico, que simplifica o processo de queixa e garante clareza no atendimento ao consumidor.

Para a Elife, estas tendências mostram que a transformação digital em marketing e comunicação não é apenas tecnológica, mas também regulatória e estratégica. O objetivo é criar experiências digitais mais eficientes, transparentes e centradas no utilizador.