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São várias as empresas que, a nível nacional e internacional, têm
vindo a sentir o impacto da falha na produção de chips. Setor
automóvel tem sido particularmente afetado.
A indústria mundial tem-se debatido, nos últimos tempos, com uma
situação que tem vindo a colocar dificuldades ao seu habitual ritmo
de produção. Falhas na produção de chips, elementos fundamentais
para a produção de uma ampla variedade de aparelhos tecnológicos,
tem afetado a produção de algumas das principais empresas a nível
global.
Recentemente,
a Toyota anunciou que terá de reduzir a sua produção global em 40%
até setembro. Isto depois de, até agora, ter sido capaz de
contornar este problema, embora uma “cada vez maior dificuldade de
assegurar o fornecimento das quantidades necessárias de componentes"
tenha obrigado a empresa a mudar a sua estratégia. Com esta decisão,
a Toyota prevê que sejam produzidos menos 360 mil automóveis do que
o previsto.
Também
a Volvo tem sentido o impacto deste problema. Há poucos dias, a
empresa sueca anunciou que também iria suspender o fabrico de
automóveis no seu centro de produção situado perto de Gotemburgo.
“A produção em Torslanda foi temporariamente interrompida devido
a uma escassez de material relacionada com a questão dos
semicondutores”, informou a marca em comunicado de imprensa. Em
causa está uma pausa na produção que não é a primeira no seio do
grupo Volvo.
Os
efeitos da crise de produção dos chips chegaram também a Portugal.
Dados divulgados pela ACAP (Associação Automóvel de Portugal)
revelam que a quebra na produção de veículos rondou os 30% em
junho. A própria Autoeuropa, fábrica da Volkswagen, foi já
obrigada a parar por várias vezes a produção, devido à falta de
semicondutores no mercado. Algo que poderá acontecer novamente em
breve, segundo avança a própria marca em declarações à Reuters.
Algo
de semelhante aconteceu com a Bosch Car Multimedia, sediada em Braga,
que foi obrigada a colocar os funcionários em lay-off devido à
existência de “problemas a nível de fornecimento" de chips,
o que dificultou a produção de soluções para o mercado automóvel.
Um
problema que, na ótica de algumas das principais fabricantes, deverá
prolongar-se até ao próximo ano. O CEO da Renault, Luca de Meo,
afirmou que este se trata de um “problema estrutural” que deverá
durar “até 2022”.
Também o diretor financeiro da Daimler,
Harald Wilhelm, adiantou à Reuters que espera que 2022 seja
um ano em que o impacto da crise dos semicondutores continuará a ser
sentido.
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