É um panorama a que nenhuma empresa quer chegar, o estado em que o devedor tem prestações a cumprir superiores aos rendimentos que recebe, o que leva à falência, ou trocado por miúdos à insolvência.

Infelizmente o novo panorama apresentado pela pandemia trouxe dificuldades a muitas empresas, principalmente às pequenas e médias empresas.

Segundo uma análise realizada pela seguradora COSEC as insolvências em Portugal cresceram 4% no primeiro trimestre, período em que se registaram 658 casos em território nacional.

Segundo este estudo as microempresas continuam a representar a maioria destes casos, com uma quota de 65% - esta tem sido a tendência desde 2009 - embora se note um ligeiro decréscimo (2%) em comparação com o primeiro trimestre de 2019, já a categoria de Empresário em Nome Individual, assim como os empréstimos em nome próprio representaram 14% do número total de insolvências.

Os setores que se têm mostrado mais afetados são o setor dos serviços com 136 insolvências, seguido pelo retalho 101 empresas insolventes, e o setor da construção com 98.

Em conclusão, as insolvências registadas representam a perda de mais de 5.100 postos de trabalho, e cerca de 87 milhões de euros de créditos a fornecedores que ficaram por regularizar.

Para a realização deste estudo a COSEC analisou todos os Atos dos Tribunais, do Ministério Público e dos respetivos Conselhos Superiores relativos a todas as entidades que sejam Pessoa Coletiva ou Empresário em Nome Individual assim como a “Sentença de Declaração da Insolvência” e a ‘’Nomeação do Administrador judicial provisório” e ainda considerou os dados do Observatório Infotrust.