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A pandemia trouxe inúmeros desafios aos
consumidores, marcas e empresas, que tiveram de se adaptar a uma nova
realidade.
A forma de consumir, trabalhar ou simplesmente
relacionarmo-nos com os que mais gostamos mudou de forma drástica e o digital
deixou de ser o futuro para passar a ser o dia-a-dia.
Em Portugal, o número de transações
online aumentou 44% em comparação com o período pré-Covid-19, o que significa
uma aceleração digital de cinco anos em apenas três meses.
Esta
é uma das conclusões apresentadas no encontro digital ‘Day After e o Novo
Digital: Do Produto ao Consumo’ organizado pela Centromarca – Associação
Portuguesa de Empresas de Produtos de Marca, e que juntou ainda a Deloitte, a
Bain & Company e a Kantar para debater a transformação digital no setor do
grande consumo.
Pedro
Miguel Silva, associate partner da Deloitte, revela que "este crescimento
exponencial do comércio online nos lares portugueses deve-se ao aumento do
recurso a serviços de entregas de refeições e de take-away, que cresceu 53%. Em
2020, registou-se igualmente um aumento de três vezes mais lares a comprar
online, comparativamente a 2019. Também as compras com entretenimento, cultura
e subscrições contribuíram para este aumento de consumo no digital, com um
crescimento de 57%".
Já
Carlos Cotos, country manager da Kantar em Portugal, afirma que "o digital
é o grande protagonista de 2020 no setor de Fast-moving Consumer Goods
(FMCG), ao assinalar um aumento de compradores e de intensidade de compra.
Segundo a Kantar, os clientes que realizam compras online representam, no
conjunto dos seus atos de compra, 39% do grande consumo e fazem cada vez mais
cestas de stockagem".
Do
lado da consultora Bain & Company, André Pires de Carvalho, refere que
"as vendas online têm crescido a um ritmo de 180% por semana. Em alguns
países este crescimento atinge os 300%, como é o caso de Itália, mas poderia
ser ainda mais expressivo se não houvesse uma taxa de insucesso na conclusão
das compras online como a registada na Europa Ocidental, que atinge os
20%".
Nuno
Fernandes Thomaz, presidente da Centromarca, reforça "a importância do
FMCG, com um volume de negócios anual a rondar os 16 mil milhões de euros,
correspondente a aproximadamente 4% do volume de negócios das empresas
financeiras em Portugal. Falamos de um setor que foi crucial para que o País se
mantivesse vivo durante o período de confinamento e que, já no novo normal, tem
continuado a dar resposta às necessidades dos portugueses, através de soluções
mais vantajosas para os consumidores no digital, com produtos e serviços
inovadores".
O
encontro digital ‘Day After e o Novo Digital: Do Produto ao Consumo’ pretendeu
dar a conhecer as alterações do comportamento dos consumidores, em
Portugal e no mundo.
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