Um desses setores é o cultural. O país chegou a considerar fechar todos os cinemas. Mas, ao que tudo indica, as salas vão manter-se abertas, sob regras excecionais: os espectadores quando se sentarem nos seus lugares deverão ter três cadeiras a fazer separação entre si.

“Estimamos que, com esta medida, os cinemas poderão operar com 30% da sua capacidade”, referiu Mario Lorini, presidente da ANEC, a associação nacional de exibidores de cinema daquele país, em declarações citadas pelo Brainstorm9. “Nós esperávamos uma medida muito mais restritiva e estamos felizes pelo facto de os cinemas continuarem abertos, mesmo que o assunto ainda esteja a ser discutido sem uma solução definitiva”, explicou o responsável.

Esta associação ainda se encontra em conversações com o governo italiano para definir exatamente como a lei deverá ser interpretadas de forma a garantir a máxima segurança e conforto dos espectadores. “Muitos pormenores ainda precisam ser esclarecidos, como, por exemplo, a distância de segurança entre os clientes dos cinemas e como isso se aplica a grupos que vão juntos, como casais e famílias”, afirmou Lorini. “Mas é realmente muito cedo para dizer algo a este respeito. Nós ainda estamos a pensar na melhor forma de abordar a situação e daremos uma declaração oficial assim que estiver tudo definido”, concluiu.

Recorde-se que na China, não só os cinemas, mas toda a indústria cinematográfica está paralisada. As salas foram fechadas e todas as produções suspensas. Em apenas dois meses estas medidas provocaram um prejuízo superior a 170 milhões de euros, em comparação com o mesmo período de anos anteriores.