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Ou pelo menos a minha interpretação sobre como Dave Trott
emprega a nobre arte da escrita aplicada à publicidade, a minha grande paixão e
como comecei neste mundo louco dos reclames já lá vão quase duas décadas.
Sempre que preciso de uma
inspiraçãozinha extra ou revisitar as bases, leio o
blog do Dave Trott,
criativo publicitário em algumas das melhores agências do mundo do seu tempo,
em Nova Iorque e em Londres.
Tive a oportunidade de o
conhecer por ocasião de um workshop que uma vez deu na minha agência anterior,
a OLIVER, no qual me autografou um dos seus livros (fanboy!), que recomendo
vivamente. Ocasionalmente, trocamos umas palavras no twitter. Acima de tudo, um
tipo porreiraço. Os filhos idem. Ambos publicitários também, ele copywriter,
ela art director. Trabalhei com eles em alguns projects na Unilever. Saíram ao
pai.
Mas voltemos ao tópico:
copywriting segundo Dave Trott (ou pelo menos como interpreto o seu approach à coisa).
Primeiro, não é sobre o que ele escreve. Mas como escreve.
Palavras simples, frases
curtas e uma voz active direta.
O seu léxico é abrangente
(sem nunca ser inalcansàvel) e as histórias que conta são bastante
relacionáveis para qualquer comum mortal, publicitário ou não.
Todos os redactores (um
brasileirismo que adoro) deveriam escrever sempre assim.
Nāo tem como falhar. Os três
C’s: curto, claro e conciso.
Há uma certa cadência nisso.
Um certo compasso. Como em todas as grandes histórias. A arte do storytelling
tem muito mais a ver com a forma como se conta um conto, do que o conto em si.
O Dave (espero que ele não se
importe que o trate por tu), escreve como um pugilista: dá um cheirinho de
esquerda e depois arremata com a direita. A esquerda apresenta uma história
conhecida – ou não – que qualquer leitor fica feliz de poder passar a contar
também. Enquanto que a direita, poderosa, traz essa mesma história para o mundo
da publicidade, qual metáfora que nos deixa K.O.
K.O. esse que nos apresenta,
invariavelmente, uma nova perspetiva. Um “ahhh nunca tinha pensado nisto
assim”. Um K.O. que até o leitor mais chico-esperto pode dizer: “já sei onde
isto vai dar”, mas que, para deleite deste aqui que hoje vos escreve, “sabias que
K.O. vinha lá mas não fizeste nada pra evitá-lo” e agora até vês estrelas.
Esta
é a escrita do Dave. E devia ser a de todo nós.
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