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A manhã desta quarta-feira foi dedicada à sensibilização e à reflexão. As escolas vencedoras daquela que foi a terceira edição da Escola Missão Continente – que ao longo do ano foi desafiando alunos do primeiro ciclo do ensino básico com atividades que promoviam um estilo de vida saudável e uma maior sustentabilidade por parte das comunidades, através da redução da utilização do plástico – reuniram-se no complexo desportivo do Instituto Superior de Agronomia, na Ajuda, para o evento de encerramento do programa deste ano.
Uma das principais temáticas abordadas nesta edição da Escola Missão Continente estava relacionada com o consumo consciente de plástico e foi esse o mote que serviu de base às atividades dinamizadas para as cerca de 200 crianças que se encontravam no evento. Os alunos foram, assim, divididos em quatro equipas distintas e separandos por quatro estações (nas quais eram utilizados objetos de plásticos recolhidos das praias portuguesas), cada uma das quais tinha o objetivo de motivar as crianças a pensarem sobre a importância da reciclagem e do reaproveitamento, redução e utilização consciente do plástico.
Este ano, a dinamização destas atividades esteve a cargo de duas organizações distintas que têm estado envolvidas na sensibilização e na comunicação da importância do consumo consciente de plástico: a Brigada do Mar, associação sem fins lucrativos que desenvolve ações de proteção da biodiversidade e realiza intervenções de limpeza nas praias portuguesas, e Os Espacialistas, projeto que, recentemente, se associou ao artista plástico Tadashi Kawamata para construir uma instalação feita com lixo recolhido pela Brigada do Mar e que esteve em exposição no MAAT (Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia).
“O grande problema atualmente é, efetivamente, nós acharmos que as grandes acumulações de lixo têm lugar apenas noutros países”, refere Simão Acciaioli, voluntário da Brigada do Mar, que ressalva ainda a importância de sensibilizar os mais jovens a respeito do consumo consciente de plástico, de forma a que continuem a apostar nesse tipo de práticas sustentáveis ao longo de toda a sua vida.
A respeito desta terceira edição do projeto, o Continente faz um balanço claramente positivo: “Sabemos que é algo que tem tido uma adesão brutal das escolas e, por isso, estamos confiantes que, para o ano, teremos outras ideias e as novidades surgirão”, avançou Tiago Simões, diretor de Marketing da Sonae MC, em entrevista ao Imagens de Marca.
E, segundo o responsável, o molde que servirá de base para a quarta edição da Escola Missão Continente deverá manter-se: “Não sentimos que tenha que haver uma alteração estrutural no programa, sentimos que deve continuar desta forma, mas com uma temática diferente, com desafios diferentes e com uma abrangência cada vez maior”.
De acordo com Tiago Simões, esta terceira edição do programa chegou até 276 escolas, mais de 1350 professores e 24 mil alunos, alunos esses que são descritos como os “microinfluenciadores por excelência”, devido à capacidade que têm, nesta tenra idade, em alterar os seus comportamentos e de todos aqueles que os rodeiam.
“Aquilo que temos que fazer é sensibilizar as crianças relativamente à necessidade de saberem pensar o plástico – desde os brinquedos que eles usam aos produtos que consomem – e de perceberem que, quando fazem escolhas, elas têm consequências, sendo necessário terem uma consciência relativamente às matérias que utilizam”, refere Luis Baptista, membro d’Os Espacialistas.
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