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O consumo de tecnologia em Portugal está a entrar numa nova fase, mais ponderada e alinhada com preocupações económicas e ambientais.
Um estudo recente indica que três em cada quatro portugueses pretendem adotar um consumo tecnológico mais equilibrado em 2026, colocando o foco no preço, na durabilidade dos equipamentos e na sustentabilidade.
De acordo com os dados recolhidos num inquérito realizado pela Appinio para a plataforma de tecnologia recondicionada refurbed, a maioria dos consumidores já não procura necessariamente o modelo mais recente quando chega o momento de trocar de smartphone.
Mais de metade dos inquiridos (57,9%) afirma que vai procurar um equilíbrio entre inovação e preço, enquanto 17,1% prefere poupar o máximo possível, mesmo que isso implique optar por um equipamento menos recente. Em contraste, apenas 8,3% refere que continuará a privilegiar o modelo mais inovador, independentemente do custo.
No conjunto, estes dados revelam que 75% dos consumidores portugueses toma decisões de compra com base no valor e na poupança, sinalizando uma mudança clara no paradigma de consumo tecnológico, onde a relação qualidade-preço se sobrepõe ao estatuto associado aos equipamentos topo de gama.
A sustentabilidade surge como outro eixo central nas intenções para o novo ano. Quando questionados sobre as suas resoluções tecnológicas para 2026, 35% dos participantes indicam que pretendem manter o telemóvel atual por mais tempo, mesmo que o desempenho já não seja o ideal. Paralelamente, 24,2% admitem optar por dispositivos recondicionados, com o objetivo de reduzir o lixo eletrónico.
As práticas associadas à economia circular ganham também expressão: 15,8% dos inquiridos refere a intenção de assegurar a reciclagem adequada dos dispositivos antigos e 15,5% pretende reparar equipamentos avariados em vez de os substituir imediatamente. Apenas 9,7% afirma não considerar preocupações ambientais nas suas decisões tecnológicas.
Somadas estas intenções, o estudo conclui que mais de metade dos portugueses (55,5%) está disposta a adotar comportamentos de consumo tecnológico mais sustentáveis, refletindo uma crescente consciência ambiental associada à tecnologia.
Citado no comunicado, Kilian Kaminski, cofundador da refurbed, sublinha que estes dados confirmam uma evolução no comportamento dos consumidores, defendendo que “a escolha por um equipamento recondicionado já não é apenas uma alternativa, mas uma decisão lógica e consciente para muitos portugueses”.
De notar que o inquérito foi realizado junto de mil participantes em Portugal, com idades entre os 18 e os 65 anos, e reforça a ideia de que 2026 poderá marcar o início de uma era de consumo tecnológico mais responsável, onde prolongar a vida útil dos equipamentos e reduzir o impacto ambiental se tornam prioridades tão relevantes quanto a inovação.
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