Confiança: o elo invisível que move gerações

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A opinião de Sónia Lage Lourenço
Confiança: o elo invisível que move gerações
2 de Julho de 2025
Confiança: o elo invisível que move gerações
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Confiança: o elo invisível que move gerações
Sónia Lage Lourenço
CEO do Portal da Queixa e Co-Founder da Consumers Trust
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Num mundo onde tudo parece que muda a cada momento, das tendências de consumo à forma como nos relacionamos, ainda persiste um valor inabalável: a confiança. Independentemente da geração ou da fase da vida, é a confiança que sustenta decisões, orienta escolhas e dita o tom das nossas relações. Seja numa compra aparentemente simples, seja numa ligação afetiva ou numa aposta profissional, o que nos faz avançar ou recuar é, invariavelmente, esse sentimento profundo de segurança e entrega. 

 

As diferenças geracionais, que tantas vezes são tema de análise, tornam-se quase irrelevantes quando observamos este denominador comum. É verdade que as gerações mais jovens se mostram cada vez mais vocais, mais imediatistas e menos tolerantes à dissonância entre o que se promete e o que se entrega. Mas, no fundo, o que procuram é o mesmo que os seus pais e avós procuraram: autenticidade, coerência e verdade, que em bom rigor são os pilares da confiança. Apenas a exigem de formas diferentes, mais participativas, com vontade de se sentirem parte da narrativa e não apenas recetores de uma mensagem cuidadosamente construída. 

 

Durante décadas, num tempo em que a comunicação era unidirecional, as marcas lançavam campanhas que procuravam emocionar e inspirar. Quem não se recorda daquele anúncio icónico que ficou gravado na nossa memória coletiva? A publicidade tinha a difícil missão de criar laços sem interação direta, e era aí que nascia a tal confiança: na capacidade de tocar, mesmo à distância, o coração do consumidor. Mas esse modelo, hoje, é claramente insuficiente. O consumidor saiu da plateia e subiu ao palco. Tornou-se parte ativa na construção da reputação de uma marca, através de reclamações, avaliações, partilhas, recomendações ou críticas públicas. 

 

Neste novo cenário, existem plataformas que têm potenciado essa evolução, já não se trata apenas de resolver conflitos, mas de dar visibilidade à voz do cliente, que hoje se tornou um verdadeiro stakeholder da marca. A sua opinião já não é apenas "feedback". É conteúdo. É insight. É matéria-prima para inovação e transformação. 

 

E se o consumidor quer ser ouvido, por que não ir mais longe? Por que não co-criar com ele? As marcas que ousam integrar histórias reais nas suas campanhas, que se deixam contaminar pela autenticidade da experiência do cliente, constroem laços mais profundos e memoráveis. Afinal, what’s more powerful than a true story? 

 

Mas para isso, não basta vontade. É preciso uma cultura interna profundamente alinhada com o cliente, onde os departamentos desaparecem e trabalham em sinergia. O marketing deve escutar o serviço ao cliente, a inovação deve beber da experiência do utilizador, e a liderança tem de dar o exemplo, cultivando uma escuta ativa, empática e consequente. Quando uma marca consegue transformar o seu momento mais frágil, como uma reclamação pública, numa oportunidade de conexão genuína, está a criar algo mais do que confiança. Está a construir capital emocional. 

 

Porque é assim que se constrói uma boa reputação. Não com promessas, mas com consistência. Não com slogans, mas com ações. Não com perfeição, mas com verdade. O consumidor de hoje, mais informado e exigente, distingue facilmente o storytelling do storydoing. E valoriza, acima de tudo, quem faz o que diz e diz o que faz. 

 

No final, tudo se resume a isto: a confiança continua a ser o que verdadeiramente une as marcas às pessoas. Não importa a geração. Importa o vínculo. Porque numa era em que tudo se transforma, o que permanece é o que nos faz sentir seguros. E isso, em qualquer idioma ou tempo, chama-se confiança. 

 

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