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Agora, que começamos um novo ciclo, queremos continuar consigo e a tê-lo sempre ao nosso lado. Mais do que nunca é preciso estarmos juntos!
O terceiro dia de LIONS Live, o festival digital Cannes Lions que celebra a criatividade com o mundo, a comunidade esteve
em destaque. A criatividade para o bem é a grande chave para resolver os
desafios do futuro.
É o caso da agência especialista em marketing de influência, Whalar, que lançou o “The Change Collective”, uma sub-comunidade de criadores de conteúdos comprometida em colaborar com
marcas para acelerar as mudanças ambientais e sociais. Perante o cenário do
coronavírus, a Whalar quis através desta comunidade
criar conteúdo para aumentar a consciencialização sobre o Dia Mundial da Terra
e do Orgulho LGBTQ.
Centenas de clientes e anunciantes da
Whalar envolveram-se com este conteúdo estando agora definido o caminho para
futuras colaborações criativas que realmente mudarão o mundo através do poder
da criatividade.
Tecnologia faz renascer o
storytelling
A publicidade digital veio permitir
passar mensagens totalmente novas ao consumidor. A narrativa criativa,
infelizmente, ficou muitas vezes em segundo plano. Mas há uma emocionante
contra-revolução em andamento, alimentada por tecnologias como 3D em tempo
real, realidade aumentada e realidade virtual.
Tony Parisi, da Unity, mostra como a
narrativa criativa e a média imersiva estão a abrir enormes oportunidades às
marcas na área do entretenimento, eventos, retalho, moda, comércio eletrónico e
muito mais.
“Neste tempo desafiante que vivemos,
as pessoas estão mais conscientes da importância das suas escolhas, mais
preocupadas com a forma como dispendem o seu tempo. Estes tendências
tecnológicas e as manifestações sociais vão trazer uma mudança radical na forma
como os marketeers têm de contar as suas histórias”, explica Tony.
É o caso por exemplo do TikTok ou do
Snapchat, redes sociais que permitem a liberdade de expressão colocando as
pessoas no centro da discussão. Muitas marcas estão agora a alocar os seus
investimentos publicitários neste tipo de plataformas já que permitem um
contacto mais direto com o consumidor ao mesmo tempo que promove a interação de
temas relevantes na sociedade.
Comunidade: a indústria da
publicidade deve dar o exemplo
“Ao longo do milénio, a cultura foi
mudando através das histórias que contávamos. E se pensarmos bem, a publicidade
está a contar histórias que são pagas em milhões de dólares para serem
ouvidas”, refere Syl Saller, outgoing CMO da Diageo. “Estou convencida de que
temos o poder de tornar normal a igualdade de género através dos nossos
anúncios e quem escolhemos para os protagonizar”, acrescenta.
O mundo acredita que setor da
publicidade deve ser o primeiro a dar o exemplo no que toca à igualdade de
género. A indústria precisa de mudanças radicais. As equipas criativas
necessitam elas próprias de um equilíbrio de género entre homens e mulheres.
Existem poucas mulheres em papéis de liderança criativa. A nossa cultura
precisa de ser mais inclusivas. É possível fazer mais para combater os
estereótipos dos anúncios.
“Como anunciantes nós temos o poder
de mudar a forma como a sociedade olha para o que é normal ou aceitável”,
explica Grainne Wafer, global brand director da Guinness. “Só podemos conseguir
mudanças juntos. Vamos transformar as nossas ambições na publicidade através da
igualdade de género”.
A comunidade criativa deve ser a
primeira a impulsionar movimentos, já que ao longo do tempo a publicidade é o
reflexo da própria sociedade. Não é por acaso que o LIONS Live decidiu falar
sobre um dos temas do momento: LGBTQ+.
Shaftesbury responsável pelo
documentário "Queering the Script” partilhou algumas das lições aprendidas
sobre a forma como criar entretenimento de marca focado nesta comunidade. Com
uma vasta experiência a trabalhar com marcas líderes na criação de séries de
sucesso baseadas na LGBTQ, partilhou algumas das melhores práticas do setor e a
importância de criar conteúdo para públicos de nicho, especialmente, durante
este período de isolamento social.
As marcas têm agora uma oportunidade
única de apoiar e de se envolver autenticamente com comunidades
sub-representadas, potencializando o conteúdo e os espaços digitais que
permitem que essas comunidades se conectem e prosperem. Além de apoiar as
próprias comunidades, é bom para o negócio das marcas.
Praticar a criatividade do bem é
entrar numa nova “era do propósito”
A Covid-19 e a luta contra o racismo vieram revelar, mais uma
vez, as profundas desigualdades existentes na nossa sociedade e deixaram bem
claro o que realmente importa.
O papel das marcas e empresas no
mundo foi interrompido para sempre, deixando inevitavelmente claro que têm a
responsabilidade de liderar a mudança. Marc Pritchard, diretor de marca da
P&G, refere que “a empresa definiu três prioridades: proteger a segurança
dos colaboradores, ajudar os consumidores de todo o mundo a terem acesso a
produtos de higiene e ajudar as comunidades necessitadas”.
Marc Pritchard refere que é preciso
que as "marcas e empresas tenham humildade” e sejam capazes de criar
conteúdos informativos, relevantes e catalizadores da mudança usando a
criatividade como força para o bem.
É por isso tempo de marcas e líderes
agirem com um propósito comum: o de ajudar a resolver desafios globais. Bob Lord,
vice-presidente sénior de aplicações cognitivas, blockchain e ecossistemas da
IBM e Chelsea Clinton, vice-presidente da Fundação Clinton, explicam que é
importante que a criatividade e a tecnologia se unam para educar, inspirando
gerações e fornecendo todos os recursos necessários para agir em prol das
comunidades.
Está por isso claro que a “Era do
Propósito” está a entrar numa nova fase. Richard Edelman, CEO da Edelman,
e Conny Braams, CDMO da Unilever, demonstram que a simples comunicação da
finalidade da marca por si só não é suficiente para criar resiliência e marcas
confiáveis. Há que responder efetivamente às novas necessidades do consumidor
de hoje, que espera muito mais do que aquilo que tem sido oferecido ao longo
dos anos.
Lions Creativity Report of the Decade:
ranking global das agências
Naquele que foi o terceiro dia do evento digital LIONS Live foram
anunciadas as agências que marcaram a década na América do Norte e Ásia.
A Wieden + Kennedy Portland foi a grande vencedora para a América
do Norte e a Dentsu inc, Tokyo foi a premiada como melhor agência da década na
Ásia.
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