Newsletter
Pesquisa
Nota da direção editorial:
O jornalismo nunca foi tão importante para a economia do país. Apoie a produção dos nossos conteúdos tornando-se membro ou subscritor da nossa comunidade.
Faça parte de uma causa de empoderamento das marcas, das empresas e das pessoas que nelas trabalham.
Tornar as campanhas virais
é algo naturalmente muito desejado pelos anunciantes. No entanto, não existe
nenhuma fórmula mágica para que isso aconteça. O que marca então a diferença
entre um anúncio “normal” e outro que capta de tal forma a atenção que leva as
pessoas a partilhá-lo?
É este o objeto de um estudo recentemente destacado pela
Harvard Business Review. Nesta análise recorreu-se ao reconhecimento fácil
automático para analisar as reações das pessoas a diferentes tipos de anúncios.
Depois de verem os spots, os participantes revelaram a sua disposição em
partilhar ou não os mesmos anúncios. E enquanto estas pessoas apreciavam os
anúncios, várias webcams registaram as suas expressões faciais com o objetivo
de as categorizar com base em diferentes emoções com a ajuda de um algoritmo.
Esta investigação concluiu que as reações emocionais
desempenham efetivamente um papel muito importante na inclinação do espectador
em partilhar ou não determinado anúncio. No entanto, a maneira como as emoções
podem impactar nas partilhas não é óbvia.
Poderíamos esperar que as pessoas estariam mais inclinadas a
partilhar anúncios que as fazem sentir-se bem.
E até certo ponto esta ideia
está correta. Nesta análise, os anúncios que evocam emoções positivas como a
alegria têm mais probabilidade de serem partilhados, ao contrário dos spots
recheados de emoções negativas como a tristeza ou a confusão. Ainda assim, a
verdade é que existem determinadas emoções negativas, como o nojo e
repugnância, que incrementam ligeiramente o número de partilhas.
Há que ter em conta, por outro lado, que algumas emoções têm
o poder de ativar psicologicamente o espectador. Quando nos deparamos, por
exemplo, com uma serpente numa floresta, ficamos em alerta e a nossa pulsação
aumenta. Algo semelhante acontece com as emoções positivas. Por exemplo, quando
a nossa equipa de futebol marca com um golo nos últimos minutos há a tendência
de ficarmos entusiasmados e excitados. Outras emoções, por outro lado,
acalmam-nos. Depois de passarmos um dia na praia e de contemplarmos o pôr do
sol, sentimo-nos bem, mas essa felicidade não nos excita propriamente.
O estudo refere, por isso, que na hora de partilharmos um
anúncio (dando-lhe, assim, possibilidade de se tornar viral) as emoções
positivas e negativas que consigam excitar-nos são aquelas que nos levam
efetivamente a carregar no botão de “share”. Por isso, não basta a uma marca
fazer com que os consumidores se sintam bem para conseguir a sua tão ambiciona
viralidade. Há que ir mais além e “ativar” o cerébro do espectador com mensagens
que o entusiasmem e que o inspirem.
Ainda de acordo com esta análise, as emoções negativas não
são de forma alguma um impedimento para que uma campanha se torne viral.
Podemos presumir, de forma errada, que o espectador não irá partilhar, por exemplo,
um anúncio que inspire repulsa, mas a verdade é que certas emoções negativas
podem constituir um verdadeiro estímulo para o espectador. Não podemos dizer,
portanto, que o segredo de uma campanha viral reside 100% nas emoções positivas
ou nas negativas.
Artigos Relacionados
fechar
O melhor do jornalismo especializado levado até si. Acompanhe as notícias do mundo das marcas que ditam as tendências do dia-a-dia.
Fique a par das iniciativas da nossa comunidade: eventos, formações e as séries do nosso canal oficial, o Brands Channel.