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Nalguns casos o marketing costuma ser o reflexo dos líderes das empresas, seguindo a estratégia, princípios e valores dos seus gerentes, no entanto têm existido cada vez mais casos onde o marketing tem sido o impulsionador para o posicionamento da empresa, devido ao seu conhecimento do mercado e as exigências do seu público. É verdade que sou suspeito, mas atrevo-me a dizer que o marketing é onde tudo começa. Sem mercado (e pessoas) não há produto ou serviço que se venda, e é essa faculdade que torna o marketing e a comunicação das empresas cada vez mais relevante no arranque, sustentabilidade e transformação das empresas.

A pressão do mercado e a actual exigência dos consumidores na apreciação ética da persona empresa, está também a criar um ecossistema onde apenas as empresas “correctas” saem vencedoras. Cada vez mais vemos o sucesso de empresas geridas por pessoas percepcionadas como “boas”, inspiradoras e com preocupações sociais, criando assim marcas apetecíveis.

O maior exemplo de uma empresa inspiradora é a Tesla. O seu marketing baseia-se no seu fundador, Elon Musk, alguém que consegue inspirar o mundo através da sua personalidade disruptiva e um forte sentido de missão pelo “bem” da humanidade. Hoje em dia muitas empresas tentam imitar a fórmula da Tesla, alterando o paradigma das suas comunicações e estratégias de marketing, para parecerem marcas “cool” e com preocupações sociais e ambientais… e isto revela (mais uma vez) a importância do marketing na transformação das empresas.

Seja natural ou estratégico, a forma como o marketing trabalha vai ter reflexo em toda a empresa. Essa vontade pode partir dos CEOs, gerentes ou fundadores, mas também é preciso responsabilizar os directores de marketing para darem o pontapé de saída e iniciar o processo de transformação da persona empresa. De qualquer forma, se a visão e missão não for genuína, dificilmente funcionará.