O mundo está em estado de alerta com o coronavírus. De acordo com os especialistas, este é um novo tipo de vírus altamente contagioso que está a afetar sobretudo a China mas que já alastrou por 17 países da Europa.

Para já, ainda é impossível prever quais os danos que o vírus vai causar na economia global já que vai depender da sua duração, capacidade de contágio e gravidade.

O que já se sabe é que há diversos setores de atividade que, direta ou indiretamente, irão sofrer consequências desta nova estirpe, como é o caso do turismo.

Em 2003, a pandemia de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave) causou grandes danos à indústria do turismo global, ao mesmo tempo que afetou fortemente a economia global – atingindo uma perda estimada de 36 mil milhões de euros, um impacto de 0,1% do PIB global.

Mas o impacto económico do coronavírus corre o risco de ser maior já que a China é uma das economias mais fortes do mundo, e é precisamente o setor das viagens e do turismo que mais irá sofrer. A China é agora a maior “fonte” de turismo do mundo já que só em 2019 recebeu cerca de 159 milhões de turistas que gastaram à volta de 252 mil milhões de euros, segundo o Global Wellness Institute.

Os dados da Air Transport Association estimam que o coronavírus irá custar à indústria das linhas aéreas cerca de 26,9 mil milhões de euros em receitas perdidas este ano. Já o Ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, refere que o país teve uma quebra de 30 a 40% em turistas desde o surto.

O vírus pode ainda levar à quebra de 28% nas visitas de chineses aos EUA em 2020, segundo o Tourism Economics, o que resulta numa perda de 5,3 mil milhões de euros em passagens aéreas. De relembrar que os turistas chineses que viajaram para os EUA no ano passado ficaram em média mais tempo, cerca de 18 dias, e gastaram mais por visita, 6 mil euros, do que a maioria das outras nacionalidades.