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Na madrugada de quinta-feira Vladimir Putin, presidente da Rússia,
anunciou a invasão da Ucrânia.
Um momento vivido com angústia um pouco por todo o mundo e
que tem levado a uma onda de solidariedade nas redes sociais por parte dos
internautas. Mas não só, algumas marcas estão já a reagir ao conflito.
Foi o caso do Continente que publicou uma imagem em branco na sua conta de
Instagram com a hashtag #SomosPelaPaz.
A UEFA acaba de anunciar que a Final da Liga dos Campeões,
maior competição europeia de futebol, irá acontecer em Paris e não em São
Petersburgo, no dia 28 de maio.
São já vários os países que admitem retirar-se do Festival
Eurovisão 2022 caso a EBU/UER mantenha a participação da Rússia. Depois dos
apelos das emissoras da Dinamarca, Noruega, Países Baixos, Suécia e Ucrânia
para a desclassificação da Rússia do certame e do anúncio de posição neutral
“para já” da EBU/UER, a emissora finlandesa YLE ameaçou a desistência da
participação em Turim.
"O ataque da Rússia à Ucrânia é contrário a todos
os valores que a YLE e todas as outras emissoras europeias representam. A YLE
sempre defendeu a democracia ocidental, o estado de direito, a liberdade de
expressão e a dignidade humana", referiu Ville Vilé, diretor da unidade de
media e conteúdo criativo da estação. "A YLE não pode participar num
evento em que a Rússia, que atacou descaradamente estes valores, possa usar uma
das marcas mais conhecidas da Europa para promover os seus próprios interesses.
Espero que a EBU/UER haja de acordo com os seus valores", afirmou.
Também o Presidente do Conselho da ERR, estação pública da Estónia, Erik
Rosse, confirmou, em comunicado oficial no site oficial da emissora, que entrou
em contacto com a EBU/UER sobre a participação da Rússia no Festival Eurovisão
2022 depois da invasão da Ucrânia, explicando que a decisão da participação em
Turim será tomada depois da posição da entidade máxima para com a situação.
O The Economist lançou uma capa com o título "Where will he
stop?" com uma descrição que reflete a posição do orgão de comunicação
social.
A Versace também já se pronunciou e publicou uma fotografia nas
suas redes sociais com a palavra "Peace".
O FC Schalke 04 também já reagiu e decidiu retirar o logo da
GAZPROM, patrocinador principal do clube alemão, das camisolas do equipamento.
Também o Manchester United, clube de futebol inglês, cancelou o
patrocínio que tinha a companhia aérea russa Aeroflot. Como uma das sanções
aplicadas à Rússia, Boris Johnson, primeiro-ministro do Reino Unido, impediu a
companhia de operar em território britânico.
Já a Control Portugal publicou no
Instagram uma fotografia com a frase “Make Love Not War” acompanhada das
hashtags #peace e #humanity.
A Vogue Portugal decidiu colocar uma bandeira da
Ucrânia, mostrando solidariedade com o país, com a seguinte frase “War is never
the answer” e as hashtags #standwithukraine e #stopthewar.
O impacto nas agências de publicidade internacionais
Os governos de todo o mundo puseram em prática novas
sanções económicas contra a Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia. Embora
estas sanções se destinem a produzir impactos políticos, é provável que também
afetem os negócios das agências de publicidade internacionais, muitas das quais
têm escritórios no país.
Um artigo do “The Drum” refere que as agências da holding
americana Omnicom OMD, PHD e BBDO têm todas as sedes em Moscovo, por exemplo.
A WPP, Dentsu, Publicis, Havas e IPG têm todas presença na
Rússia.
Giulio Malegori, diretor executivo da Dentsu
International para a região EMEA, disse ao The Drum: "A saúde e segurança do nosso povo são a
nossa prioridade mais importante. Enquanto as nossas operações na Rússia
continuam a funcionar como se nada fosse, temos estado e continuaremos a
acompanhar de perto o impacto da situação para o nosso povo, clientes e
comunidades em que operamos. Como parte disto, estamos a concentrar-nos em
apoiar os nossos clientes para minimizar qualquer efeito potencial nas suas
atividades comerciais".
A maioria das sanções económicas aplicadas contra a Rússia
visaram instituições financeiras ou indivíduos específicos, tais como as
sanções do governo britânico contra cinco bancos e três oligarcas russos.
Mas o impacto na moeda russa terá impacto nas atividades
das agências, sujeitando as filiais a taxas de câmbio desfavoráveis, uma vez
que os mercados responderam às sanções. É por isso que qualquer empresa que
opere neste momento na Rússia está prestes a enfrentar problemas de
movimentação de dinheiro devido a sanções bancárias.
Já a decisão do governo japonês de restringir as viagens da
Rússia ao Japão, por exemplo, pode muito bem ter impacto nas operações da
Dentsu Inc em Moscovo, que se expandiram nos últimos anos. Em 2020, iniciou uma
joint-venture com o Grupo OKS a fim de expandir os seus negócios em toda a
região da Eurásia, e Carat, Dentsu X, Posterscope, iProspect e Isobar operam
atualmente na Rússia.
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