Num contexto de tensão nas relações comerciais entre a União Europeia e os Estados Unidos da América, dados de um estudo do Observador Cetelem revelaram que os portugueses se têm mantido atentos a este tema, com 96% a afirmarem estar informados sobre as potenciais tarifas. 

O inquérito mostra, além de conhecimento dos portugueses sobre o tema, um elevado consumo de produtos norte-americanos, uma vez que 83% dos inquiridos afirma comprar produtos de marcas ou empresas dos EUA, sendo que quase metade (42%) o faz com regularidade.

Apesar dessa tendência, quando questionados sobre o impacto que uma escalada tarifária poderá ter nas suas escolhas de consumo, 89% dos portugueses antecipam impactos no seu consumo pessoal, com 16% a anteciparem que seja elevado, 50% algum, mas mais moderado, e 23% que tenha pouco impacto. Apenas 6% indicam que não terá qualquer impacto e 5% não têm a certeza.

Caso as tarifas adicionais venham a ser implementadas, 78% dos portugueses afirmam que mudariam os seus hábitos de consumo relativamente a produtos dos Estados Unidos. Este valor resulta da soma dos que indicam que procurariam alternativas mais baratas (49%) com os que deixariam de comprar por uma questão de princípio (29%), refletindo uma clara predisposição para ajustar comportamentos face a um eventual agravamento das relações comerciais.

Da mesma forma, 67% revelam a intenção de dar prioridade a produtos feitos em Portugal e na Europa ou exclusivamente feitos em Portugal (19%), revela um comunicado enviado às redações.

Hugo Lousada, Diretor de Marketing, B2B & B2C do Cetelem – BNP Paribas Personal Finance Portugal, afirma: “Os dados mostram que os consumidores portugueses não só estão atentos ao tema, como também estão sensíveis ao potencial impacto no seu dia a dia. Este facto parece traduzir-se numa maior predisposição para rever os seus critérios que ponderam para realizar as suas escolhas, o que se traduzirá em novos hábitos de consumo em resposta à nova dinâmica económica.”