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Não gostam de onde vivem, têm dificuldade em emancipar-se e sonham com a casa própria. É o retrato de uma geração cada vez mais preocupada com o futuro. Uma situação que a Century 21 diz estar atenta e por isso tem vindo a trabalhar com investidores, o governo e entidades promotoras no sentido de desenvolver soluções adaptadas às necessidades dos millennials portugueses.
78,1% dos jovens portugueses entre os 18 e os 34 anos não vivem onde gostariam e a razão principal passa pela falta de recursos económicos para a habitação que desejam. Mesmo os 25,9% dos que já estão a trabalhar não atingem os rendimentos necessários para a casa pretendida. São os dados do “II Observatório do Mercado da Habitação em Portugal” realizado pela Century 21, que se centrou nos desafios dos jovens no acesso à habitação.
55,7% dos jovens não são financeiramente independentes e o facto de viverem fora da casa dos pais não significa que sejam emancipados a nível financeiro. De acordo com os dados do estudo, 37,2% dos jovens que já vivem fora da casa dos pais dependem financeiramente da família ou parceiro.
Repensar as cidades
Mas se os estudos internacionais pareciam indicar que esta é uma geração que não quer casa própria, em Portugal os números revelam precisamente o contrário. O sonho da primeira casa ainda existe e a vontade em constituir família é um dos principais motivos.
Na verdade, o estudo indica que um terço dos jovens gostaria de viver em casal, numa habitação própria (33,4%). No entanto essa não é a realidade e por isso 38,8% diz necessitar de partilhar as despesas da casa.
“A solução não está no setor imobiliário”
2020/2021 vão ser anos desafiantes
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