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A opinião de Maria Miguel Ferreira
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29 de Outubro de 2018
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Maria Miguel Ferreira
Head of Open Innovation - CEiiA

Desde que um jornal português, há umas semanas, me chamou uma das mulheres mais influentes da tech, fiquei um bocado desorientada. E agora o que é que eu faço com isto?! Com um ligeiro caso de angústia do guarda-redes antes do penalty, fui procurar iluminação num workshop da Leyla Acaroglu.

A Leyla é uma australiana genial (diz a ONU, que a nomeou Champion of the Earth em 2016) que se mudou há uns anos dos nossos antípodas para Nova Iorque e, de lá, para uma aldeia chamada Serra, em Portugal. É também uma daquelas investidoras estrangeiras que olhou para Portugal e viu o potencial que nós, por cá, nem sempre temos capacidade de ver. Comprou um terreno agrícola e um lagar de azeite com 200 anos para os lados de Tomar e abriu um brain spa para optimistas criativos.

E o que é isso de um brain spa? O site coproject.co explica melhor do que eu mas, muito resumidamente, é a casa portuguesa da Unschool, um laboratório experimental de ensino para pessoas que querem usar os seus conhecimentos, status quo e criatividade para ter um impacto social positivo, ou seja, para mudarem o mundo - em bom.

O workshop que fiz com a Leyla sobre design disruptivo foi inspirador e teve o mérito de me refocar no tema do trabalho colaborativo.

Olho para Portugal e vejo competências excepcionais em múltiplas áreas. Vejo, por exemplo, como Lisboa competiu com cidades como Paris, Londres, Milão ou Berlim pelo Web Summit e como ganhou - não por mais três ou cinco, mas por 10 anos. Mas observo também como frequentemente estas bolhas de excelência não se tocam. Os universos não se cruzam. As redes não se misturam. Sinto isto todos os dias desde que mudei de Lisboa para o Porto. Sinto isso quando, vinda da comunidade de startups, inovadoras às nascença, interajo com grandes empresas que abordam a inovação de forma reactiva e fechada em si mesmas. Muitas empresas excelentes que visitei no último ano vivem alheias ao que se passa em realidades paralelas como o mundo das startups e das incubadoras.

Longe vão os anos em que o conhecimento vivia entrincheirado em universidades ou nos departamentos de inovação de grandes empresas. A maior volatilidade dos percursos profissionais, a disponibilidade de capital de risco e o nível médio de educação das novas gerações tornam hoje muito mais provável encontrar boas ideias e projetos inovadores fora dos ambientes tradicionais. Limitar o número de elos permite retirar complexidade aos sistemas, mas vale a pena identificar os ganhos em criatividade, inovação, valor e impacto e perceber que há ecossistemas críticos de integrar.

Eu sei que na era dos co-works, dos co-livings e da co-criação chego um pouco tarde e esta tomada de consciência sobre o poder da colaboração. Mas agora que cheguei, já não vou sair. Nos próximos tempos podem encontrar-me a promover uma colaboração responsável entre dois tecidos empresariais que têm muito a aprender um com o outro: o das startups e o das grandes empresas. Acredito que resultados espectaculares virão dessa aproximação. Desejem-me sorte.

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